Em comunicado, o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) explicou que a instauração do processo tem como objetivo apurar “a relevância disciplinar da factualidade participada” pelos responsáveis do setor da arbitragem e do clube da Luz.
Na terça-feira, em declarações na partida para Milão, onde o Benfica foi disputar com o Inter a segunda mão dos quartos de final da Liga dos Campeões (3-3), o presidente dos ‘encarnados’, Rui Costa, revelou que o clube tinha feito uma participação ao CD da FPF por alegada “pressão” do FC Porto sobre a arbitragem, através de declarações de Sérgio Conceição e de Vítor Baia, antigo jogador e atualmente administrador da SAD.
“Sabemos o que essa pressão originou, não deveríamos ser nós a fazer uma participação do que se passou, atendendo aos precedentes que o CD tem com o Benfica. Fizemo-lo e vamos esperar as consequências disso, que não seja esse barulho externo que seja o condicionante deste campeonato, que lideramos desde a primeira [jornada] até agora”, disse Rui Costa.
Dias antes, na conferência de imprensa de antevisão do duelo com o Santa Clara, para a I Liga, Sérgio Conceição afirmou que “não pode haver dois pesos e duas medidas” nas equipas de arbitragem nos jogos em que estão envolvidos ‘encarnados’ ou ‘dragões’.
Também Vítor Baía, que é igualmente vice-presidente do FC Porto, pediu que “não se repitam erros que influenciam resultados”.
O CD da FPF acrescentou ainda que “o processo foi enviado, dia 18 de abril de 2023, à Comissão de Instrutores da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, ficando excluída a publicidade até ao fim da instrução”.
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