“O denominado Estádio Giuseppe Meazza [vulgo San Siro], não tem interesse cultural e, portanto, está excluído das disposições de proteção”, refere um relatório da comissão regional, que depende do Ministério da Cultura italiano.

Essa posição abre a porta para o projeto dos seus dois clubes residentes, o AC Milan e o Inter Milão, que querem derrubar o histórico San Siro, para construir, no mesmo local, situado a oeste de Milão, um novo estádio com 60.000 lugares.

Como o projeto levantou dúvidas, o conselho municipal solicitou um parecer sobre a demolição de San Siro, que durante anos foi considerado o maior estádio do mundo, com capacidade para 140 mil espetadores, à comissão regional responsável pelo património.

O relatório justifica a não qualificação de imóvel cultural com as transformações que tem recebido desde a sua construção, em 1926, nomeadamente no que toca ao seu redimensionamento, que fizeram com que restasse apenas uma parte do original.

Mesmo que a aprovação desta organização não constitua a luz verde final para a validação do projeto para um novo estádio, o parecer dá força à demolição do mítico estádio milanês.

AC Milan e Inter Milão, que não vencem a Série A italiana desde 2011, querem construir um novo estádio em terrenos adjacentes ao San Siro, enquanto os antigos dariam lugar a uma zona “dedicada ao desporto, entretenimento e compras”.

Os dois clubes apresentaram o projeto em setembro de 2019 e o custo estimado ronda os 1,2 mil milhões de euros.

O presidente da câmara de Milão, Guiseppe Sala, considera mais prudente reformar o estádio existente para que possa comemorar o seu centenário em 2026 com a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno daquele ano.

AC Milan e Inter Milão são contra a reforma do estádio – formado por três anéis construídos entre 1926 e 1990 — considerando que o resultado seria insuficiente em termos de capacidade, serviços e conforto, ao da construção de um novo.

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