“Temos que ter entrega, paixão e alma. É uma excelente equipa [Benfica], o vencedor do campeonato e as cautelas são máximas. O menor erro pode ser prejudicial e temos que ter um excelente controlo emocional”, começou por dizer Pedro Martins na conferência da antevisão ao encontro de domingo com os ‘encarnados’.
Para o treinador vitoriano, a reedição da final de 2013, em que os minhotos venceram o Benfica, por 2-1, foi “um marco histórico e bonito”, mas considera que este ano as circunstâncias “são completamente diferentes”.
Questionado sobre a estreia oficial do vídeo-árbitro na final da prova, e em jogos oficiais em Portugal, Pedro Martins confessou que não vê qualquer entrave e confia na equipa de arbitragem liderada por Hugo Miguel.
“Mantenho a mesma posição. O João Ferreira [vice-presidente do Conselho de Arbitragem] teve o cuidado de nos falar sobre o projeto, respondeu-nos a todas as questões que nós colocámos e estou perfeitamente à vontade. O Hugo Miguel é um bom árbitro e teremos dois internacionais a avaliar o vídeo-árbitro. Estou certo que teremos três boas equipas”, argumentou.
Pedro Martins não esqueceu os adeptos minhotos afetos ao Vitória e manifestou o desejo de lhes dedicar o troféu.
“Tiveram connosco até ao dia de hoje. Eles acreditaram e a nossa responsabilidade hoje é completamente diferente. Nós elevámos a fasquia, que é perfeitamente natural. Amanhã [domingo] queremos dar-lhes uma alegria, é isso que nós sentimos”, considerou.
Já o defesa central e capitão de equipa, Moreno, destacou a “campanha complicada” que o Vitória de Guimarães teve para chegar à final da 77.ª edição da prova rainha, “quase sempre a jogar fora do Estádio D. Afonso Henriques”, desvalorizando “favoritismos” para o derradeiro encontro.
Também Moreno não ficou indiferente ao apoio da cidade, bem como aos adeptos do Vitória, realçando a ocasião especial de poder participar numa final desta grandeza.
“[A final] Está a ser vivida de uma forma intensa. É impossível ficar indiferente às manifestações que vivemos ontem [sábado] e que temos vivido no D. Afonso Henriques. [Estádio do Vitória de Guimarães]. Estamos a desfrutar do momento, não é vergonha nenhuma. Isto toca, não preciso de passar para os meus colegas, porque eles sabem. Há profissionais que acabam a carreira sem ter esta oportunidade”, concluiu.
No domingo, Benfica e Vitória de Guimarães disputam a final da Taça de Portugal, pelas 17:15, no Estádio do Jamor, em Oeiras, que será dirigida pelo árbitro Hugo Miguel, da associação de futebol de Lisboa.
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