Em entrevista ao jornal austríaco Kronen Zeitung, o atual terceiro posicionado do ‘ranking’ ATP afirmou: “Nenhum desses jogadores luta por sobreviver. Durante o ano, vejo muitos que não dão tudo ao ténis, muitos não são profissionais, não vejo porque lhes haveria de dar o meu dinheiro”.

O fundo em questão, ‘Player Relief Programme’, é uma iniciativa conjunta da Federação Internacional de Ténis (ITF), da Associação de Tenistas Profissionais Femininas (WTA), da Associação de Tenistas Profissionais (ATP) e dos quatro ‘Grand Slams’, que pretendem “fornecer a assistência necessária aos jogadores particularmente afetados durante a época de crise do coronavírus (covid-19)”.

“Prefiro fazer doações a pessoas ou instituições que precisem mesmo, nenhum trabalho no mundo garante um grande sucesso no início da carreira, nenhum dos jogadores de topo teve isso assegurado e temos de lutar constantemente pela classificação”, acrescentou Thiem.

Por outro lado, assegurou que não vai voltar em força aos treinos, mesmo com a provável abertura na Áustria, e que apenas o fará quando estiver definido de novo o calendário internacional.

“Tendo em conta que a competição não recomeça antes de três ou quatro meses, pelo menos, é impossível continuar a treinar sem pausas até lá, basta um mês de preparação física”, pontuou.

Toda a atividade do ténis internacional está suspensa até 13 de julho de 2020, devido à pandemia, que a nível global já provocou mais de 205 mil mortos e infetou mais de 2,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, cidade da região central da China.