Os testes, que permitem obter um resultado em cerca de 15 minutos, já estão disponíveis no mercado português e receberam “marcação CE para o seu dispositivo de teste rápido”, segundo a página de internet do laboratório norte-americano responsável pelo seu fabrico e distribuição.

Os dispositivos de testagem podem ser utilizados “sem necessidade de instrumentação, usando tecnologia de fluxo lateral”, e foram uma das medidas de segurança complementares apresentadas pela FPR à Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto e ao Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) numa reunião mantida hoje entre as três partes.

“Foi uma reunião cordial, com o objetivo de apresentar as nossas propostas para a retoma das competições seniores que vão recomeçar na sexta-feira. Ficaram agradados com as nossas propostas e nós temos o conforto político da nossa decisão. É uma ‘atenção’, mas em função das conversas anteriores que tivemos, achámos que o devíamos fazer”, explicou à Lusa o presidente da FPR, Carlos Amado da Silva.

Mas, antes do início do campeonato e da distribuição dos testes rápidos, todos os jogadores estão a ser submetidos a testes de PCR, que “felizmente, até agora, têm sido todos negativos”, além de outras medidas de controlo sanitário aprovadas pela FPR e que já foram comunicadas à Direção-Geral da Saúde, numa reunião anterior.

Os custos suportados pela FPR com a aquisição e distribuição dos testes rápidos, mas também com a deslocação dos jogadores dos clubes de fora de Lisboa até à capital para a realização dos testes de PCR, antes do início da competição, “rondam os 50 mil euros”, de acordo com o líder federativo.

As medidas de controlo sanitário previstas pela FPR para a retoma das competições seniores incluem, ainda, um controlo de sintomas e condições de higiene “antes, durante e depois dos jogos”, segundo um comunicado enviado à imprensa, que refere também uma “consciencialização de toda a comunidade do râguebi português para um comportamento de acordo com os elevados valores e padrões existentes” na modalidade.

Além do controlo de temperatura e sintomas de todos os envolvidos nos processos de treino e de jogo, os clubes aprovaram uma reorganização do modelo competitivo dos campeonatos nacionais, que passaram a incluir uma fase regional de forma a “evitar longas deslocações em território nacional” e eventual contágio entre regiões.

O campeonato da Divisão de Honra, principal escalão competitivo em Portugal, tem início marcado para sexta-feira com o encontro entre Técnico e CDUL, às 20:00, no Campo das Olaias.