O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) anunciou hoje a abertura de um processo disciplinar ao Vitória de Guimarães, devido a insultos racistas ao futebolista maliano do FC Porto Moussa Marega.

Segundo a TSF, o processo já seguiu para a Comissão de Instrutores da Liga de Clubes. O Vitória de Guimarães arrisca um castigo que pode ir de um a três jogos à porta fechada, além de uma multa.

A FPF solicitou ainda o relatório policial da partida entre o Vitória de Guimarães e o FC Porto.

No domingo, Marega pediu para ser substituído ao minuto 71 do jogo da 21.ª jornada da I Liga, entre o FC Porto e o Vitória de Guimarães, depois de ter sido alvo de cânticos e gritos racistas por parte de adeptos da equipa minhota.

Vários jogadores do FC Porto e do Vitória de Guimarães tentaram demovê-lo, mas Marega mostrou-se irredutível na decisão de abandonar o jogo, numa altura em que os 'dragões' venciam por 2-1, resultado com que terminou o encontro.

Entretanto foram já vários os atletas, personalidades e organismos a mostrarem solidariedade para com o atleta e a repudiar os insultos de que foi alvo, entre os quais Marcelo Rebelo de SousaAntónio CostaFerro Rodrigues, assim como vários colegas de profissão.

O secretário de Estado da Juventude e Desporto considerou o incidente com o futebolista maliano do FC Porto Marega intolerável é inaceitável, assegurando que as autoridades já estão a trabalhar para identificar os responsáveis, a fim de serem punidos.

A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) lamentou o incidente e salientou que os atos de racismo “envergonham o futebol e a dignidade humana”, defendendo a punição destes.

Também os partidos se manifestaram, condenando o sucedido, nomeadamente o PS e o Bloco de Esquerda.

Em comunicado, o FC Porto condenou ontem os insultos racistas ao maliano Moussa Marega, considerando-os como um "dos momentos baixos da história recente do futebol português". Já o Vitória de Guimarães informou no domingo que "vai averiguar o sucedido no decurso do jogo realizado no Estádio D. Afonso Henriques, agindo com firmeza e consequência, em cooperação plena com as entidades judiciais competentes".

Outra das reações foi a do Sporting CP, que em comunicado publicado no seu website manifestou a sua solidariedade com Marega e admitiu não se rever neste tipo de comportamento, considerando, "que as autoridades devem agir em nome de todos aqueles que pretendem elevar o desporto e a sociedade portuguesa".

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