Naquela que foi a quarta final do Grand Slam entre ambos, segunda em Nova Iorque, o tenista de Belgrado, de 36 anos, impôs ao adversário moscovita, número três no ranking ATP, uma derrota em três ‘sets’, pelos parciais de 6-3, 7-6 (7-5) e 6-3, num Arthur Ashe Stadium lotado com mais de 20 mil ruidosos espetadores.

O campeão do Open da Austrália e de Roland Garros entrou melhor no encontro e conseguiu um ‘break’ madrugador, passando rapidamente para o comando do marcador, por 3-0.

Num duelo pautado por pontos muito longos e trocas de bola do fundo do ‘court’, Medvedev ainda salvou dois ‘set points’, mas não resistiu ao terceiro e viu o adversário registar 12 ‘winners’ e oito erros não forçados contra os seus oito pontos ganhantes e 12 faltas não provocadas.

Em vantagem no encontro, Novak Djokovic passou pelas primeiras dificuldades no oitavo jogo do segundo parcial, quando enfrentou o primeiro ponto de ‘break’ na final. Ao fim de 13 minutos, evitou a quebra de serviço, estabeleceu a igualdade no marcador (4-4) e, depois de salvar um ‘set point’ no 11.º jogo, superou o moscovita no ‘tie-break’, mesmo tendo cometido muitos mais erros (18) do que no primeiro ‘set’.

Com o ascendente sobre Medvedev, assistido ao ombro esquerdo antes do início da terceira partida, o tenista de Belgrado manteve um jogo variado, subidas à rede muito eficazes, ‘slices’ cirúrgicos e, ao quarto jogo, voltou a assumir o comando (3-1) do ‘set’. Com a final na mão, Djokovic voltou, contudo, a aumentar a percentagem de erros e Medvedev conseguiu o primeiro ‘break’ da final (3-2).

O sérvio, a jogar a sua 10.ª final em Flushing Meadows, fez de imediato o contra ‘break’ (4-2), cumpriu tranquilamente o seu jogo de serviço e, ao primeiro ‘match point’ de que dispôs, encerrou a discussão pelo título, ao fim de três horas e 17 minutos, desforrando-se de Medvedev, que há dois anos o impedira de completar pela primeira vez na carreira o Grand Slam.

Graças ao triunfo, Novak Djokovic conquistou o quarto troféu do Open dos Estados Unidos e tornou-se no mais velho campeão da história do último ‘major’ da temporada, na véspera de recuperar o estatuto de número um mundial.