Djokovic, primeiro cabeça de série, revalidou o título na prova londrina em piso de relva, terceiro ‘major’ de 2021, impondo-se em quatro ‘sets’ a Berrettini, nono classificado do ranking mundial e sétimo pré-designado, pelos parciais de 6-7 (4-7), 6-4, 6-4 e 6-3, após três horas e 27 minutos de confronto.
O sérvio, de 34 anos, igualou o recorde de 20 títulos do ‘Grand Slam’ de Federer e Nadal, impondo-se pela sexta vez em Wimbledon (2011, 2014, 2015, 2018, 2019 e 2021), numa carreira em que conta também nove triunfos no Open da Austrália (2008, 2011, 2012, 2013, 2015, 2016, 2019, 2020 e 2021), dois em Roland Garros (2016 e 2021) e três no US Open (2011, 2015 e 2018).
“Significa que nenhum de nós vai parar [de jogar]. Tenho de dar todo o mérito ao Rafa e ao Roger, como lendas da nossa modalidade, os dois jogadores mais importantes na minha carreira e a razão pelo jogador que sou hoje”, afirmou o tenista sérvio, no 'court' central, após o triunfo sobre o italiano Matteo Berrettini.
Djokovic não esqueceu os rivais no momento em que os igualou: “Eles mostraram-me o que tinha de melhorar, mentalmente, fisicamente e tecnicamente. Perdi muitos encontros com eles, mas em 2010/2011 as coisas mudaram e nos últimos 10 anos tem sido incrível e não vai parar por aqui”.
Além de prestar o tributo ao helvético, oito vezes campeão na relva londrina, e ao esquerdino de Manacor, que este ano optou por não jogar no All England Club para recuperar do desgaste físico de Roland Garros, o número um mundial elogiou a atitude do jovem adversário de hoje, de 25 anos, primeiro italiano a disputar a final de Wimbledon.
“Foi mais que uma batalha. O Matteo merece os parabéns pelo grande torneio e tenho a certeza que terá uma grande carreira pela frente. Wimbledon sempre foi um grande sonho para mim desde criança. Sei o quão especial é e não quero dar nada por garantido. Era um miúdo de sete anos na Sérvia quando, na minha cama, construí um troféu de Wimbledon com materiais improvisados e agora estou aqui com seis títulos. É incrível”, contou.
Jogos Olímpicos?
O tenista sérvio diz que tem 50% de possibilidade de marcar presença nos Jogos Olímpicos Tóquio2020.
“Recebi a notícia há alguns dias [de que não haverá público nos Jogos Olímpicos]. É uma pena ouvir isso. Também ouvi dizer que vai haver muitas restrições na vila olímpica. Certamente, não será possível ver os outros atletas ao vivo. Tenho que pensar. O meu plano sempre foi ir aos Jogos, mas agora estou um pouco dividido. Diria que tenho 50% de hipóteses”, disse o tenista sérvio.
Djokovic está bem encaminhado para alcançar o ‘Golden Slam’, ou seja, vencer os quatro ‘Grand Slam’ na mesma temporada e a medalha de ouro olímpica, um dos poucos desafios que falta atingir na sua carreira, pois conquistou a medalha de bronze em Pequim2008.
Comentários