Tanto Ingebrigtsen, como Duplantis e Bol já tinham ganhado em anos anteriores o prémio anual de jovem atleta em ascensão, que nesta edição foi para a grega Elina Tzengko e para o lituano Mykolas Alekna.
A exemplo do que fez em 2018 (então no prémio para atletas em ascensão), a EAA não quis ‘desempatar’ entre o campeão do salto com vara sueco e o meio-fundista norueguês, ambos com uma época excecional, na qual não faltaram recordes do mundo. O outro finalista, o saltador em comprimento grego Miltiadis Tentoglou, escapava a qualquer previsão.
Campeão mundial e europeu, de novo com recordes mundiais batidos – que elevou até 6,21 metros -, ‘Mondo’ Duplantis parecia não ter rival de novo, a nível continental, mas Ingebrigtsen prosseguiu a sua fulgurante carreira com novas vitórias também e com o primeiro recorde mundial da sua carreira, o dos 1.500 metros em pista coberta.
O norueguês foi, em Eugene, Estados Unidos, vice-campeão dos 1.500 metros, mas campeão dos 5.000, isto depois de ter sido prata nos 1.500 do Mundial ‘indoor’ e antes de fazer a ‘dobradinha’ nos Europeus de Munique.
Entre as mulheres, foi sem surpresas que Bol superou as outras duas finalistas, que foram a heptatlonista belga Nafissatou Thiam e a saltadora em altura ucraniana Yaroslava Mahuchikh.
Com esta distinção, é a quarta vez em oito anos que o prémio vai para os Países Baixos, já vencedores com Dafne Schippers (duas vezes) e Sifan Hassan, a melhor do ano passado.
Em Eugene, Bol perdeu para a norte-americana Sydney McLaughlin, recordista mundial, mas também com uma grande marca. Ganhou a Liga Diamante e nos Europeus conseguiu invulgares três ouros, nos 400 metros planos, barreiras e estafeta 4×400 metros – não acontecia há 70 anos, então com a sua compatriota Fanny Blankers-Koen.
Dois jovens de 19 anos, mas já campeões europeus absolutos, ficaram com a distinção de atletas em ascensão – Mykolas Alekna, que segue as ‘pisadas’ do pai Virgilus no lançamento do disco, e Elina Tsengko, a mais forte no dardo em Munique.
Curiosamente, o prémio foi entregue a Mykolas pelo estoniano Gerd Kanter, grande rival de Virgilus Alekna.
O prémio ‘fair-play’ foi atribuído ao andorrenho Nahuel Carabaña, por ter parado numa série de 3.000 metros obstáculos, nos Europeus, para ajudar o dinamarquês Alex Christensen, que tinha caído e não se conseguia mexer.
Os prémios de treinadores consagraram a bósnia Kada Delic Selimovic e o estónio Heiko Vaat, enquanto no plano de dirigentes a escolha foi para a ucraniana Iolanta Khropach.
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