No final dos 208,1 quilómetros entre Montemor-o-Velho e Moura, Sanz repetiu o triunfo conseguido na sétima etapa da última Volta a Portugal, no Alto de Santa Luzia, somando o terceiro triunfo na carreira — o outro aconteceu em 2011, na Volta à Comunidade Valenciana.
“No ano passado, também ganhei na Volta a Portugal. [Portugal] Dá-me sorte. São chegadas bonitas e que são boas para mim. Estivemos muito bem e felizmente pudemos ganhar. Outras vezes fizemos segundo ou terceiro e, se calhar, até trabalhámos melhor”, disse Sanz, no final da etapa mais longa da ‘Alentejana’.
O basco, de 29 anos, concluiu a etapa em 5:06.43 horas, à frente do português Luís Mendonça (Rádio Popular-Boavista), vencedor da ‘Alentejana’ em 2018, e do espanhol Vicente García de Mateos (Aviludo-Louletano), segundo e terceiro, respetivamente.
Para quinta-feira, na ligação entre Mértola e Odemira (182,8 quilómetros), Sanz lembra que “cada dia é uma oportunidade”, pelo que quer “continuar a ganhar”.
O ‘sprint’, em subida, acabou por beneficiar Sanz, tal como tinha acontecido em Viana do Castelo, com Luís Mendonça a mostrar-se recuperado da fratura na mão direita, sofrida na Volta ao Algarve, e intrometeu-se na luta da vitória, para recuperar a amarela que vestiu na temporada passada.
“Eu fisicamente sinto-me muito bem. Sabia que estava muito bem e, se as dores na mão não me traíssem [fraturou um osso na Volta ao Algarve], eu sabia que ia estar bem. (…) Estava muito a acreditar na vitória, mas segundo é muito bom e isto abriu-me expectativas para estar de novo na luta pela Volta ao Alentejo”, assumiu o ‘axadrezado’.
A ação na etapa começou bem mais cedo e logo ao quinto quilómetro quatro ciclistas saíram do pelotão, com o espanhol Antonio Soto (Euskadi) e o neozelandês James Fouché (Team Wiggins) a ‘despacharem’ pouco depois os portugueses Pedro Pinto (Miranda-Mortágua) e David Ribeiro (LA Alumínios).
A dupla chegou a ter 7.10 minutos de vantagem, mas Soto, após passar em primeiro na única contagem de montanha do dia, deixou o campeão neozelandês sozinho na frente, que aguentou até aos últimos 40 quilómetros antes de ser absorvido pelo pelotão, comandado pela Euskadi-Murias, que teve o apoio da W52-FC Porto e da Sporting-Tavira.
A equipa basca levou o pelotão compacto até Moura, para Sanz — agradeceu o trabalho “perfeito” — vencer e subir ao pódio para vestir as camisolas amarela (liderança) e preta (pontos).
À exceção de Luís Mendonça, o melhor português, o pódio foi dominado pelas duas equipas bascas, com a Euskadi-Murias a ser a melhor equipa, Antonio Soto (Euskadi) a liderar a montanha e o colombiano Sergio Higuita, seu companheiro de equipa, a juventude.
A primeira etapa da ‘Alentejana’ ficou ainda marcada por duas quedas, que partiram o pelotão, além de terem obrigado o espanhol Mikel Alonso (Euskadi) a desistir.
Comentários