Separados por 18 anos, De Minaur e Hewitt ultrapassaram hoje a primeira ronda do torneio de pares do Estoril Open, ao vencerem o sul-africano Raven Klaasen e o neozelandês Michael Venus, vencedor do torneio português e de Roland Garros em 2017, por 6-4 e 6-4.
"Para mim foi a concretização de um sonho. Vi-o jogar tantas vezes quando era jovem e finalmente estar no mesmo lado da rede dele foi incrível. Em certos momentos, apenas me ria do nível dele, é doentia a forma como bate a bola. É um dia que não vou esquecer", admitiu De Minaur.
O jovem de 19 anos confessou que "estava um pouco nervoso" antes deste encontro e que "apenas queria ir para o campo e jogar a um bom nível".
"Estou feliz por termos conseguido a vitória hoje", frisou.
O experiente Lleyton Hewitt, de 37 anos, disse que "foi divertido" jogar ao lado de Alex de Minaur, mostrando-se "surpreendido" pela foram como jogou em terra batida pela primeira vez esta temporada e em especial frente a "jogadores de qualidade".
"Obviamente conhecemo-nos muito, batemos muitas bolas e treinámos muitas vezes juntos, mas foi a primeira vez que jogámos pares, mesmo em treinos. Aprendemos muito juntos, mas para mim foi uma emoção. Foi a primeira vitória do Alex num torneio ATP em pares. Estar ao lado dele, que tem um futuro brilhante, foi divertido", assumiu.
Hewitt, já retirado do circuito de singulares desde 2016 e que tem feito algumas provas de pares, vê algumas parecenças entre o seu jogo e o do seu jovem compatriota, como a "energia elevada" que trazem para o campo, a "atitude 'nunca morras', o sempre dar 100% no campo, seja em treino ou nos encontros".
"Para mim, é bom ver o crescimento do Alex, porque ele quer fazer bem, é como uma esponja, recebe tudo, quer aprender as coisas que podem fazer dele um melhor jogador. Tenho muita sorte de ele poder fazer parte da minha equipa da Taça Davis e ele vai ser um grande líder nos próximos anos", referiu.
Relembrando que sempre teve orgulho em "dar sempre 100%", Hewitt diz que Alex de Minaur "é a mesma coisa" e recordou o triunfo na sua estreia em torneios do 'Grand Salm' em 2017 frente ao austríaco Gerard Melzer.
"Vimos no ano passado no primeiro encontro num 'Grand Slam', no Open da Austrália, quando venceu em cinco 'sets', acabou com cãibras, salvou um 'match point'. Foi disso que eu tive orgulho na minha carreira, ganhei muitos encontros grandes por nunca desistir e por lutar sempre. Ele já está a ganhar algum nome por causa disso, mas ele sabe que não acaba aqui, que tem continuar a trabalhar, a evoluir", concluiu.
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