A dupla lusa-uruguaia cedeu a passagem às meias-finais ao argentino Máximo González, número 32 no ‘ranking’ de pares, e ao sueco André Goransson, 71.º colocado, que venceram o duelo em dois renhidos ‘sets’, com os parciais de 7-6 (7-3) e 7-5, em uma hora e 37 minutos.

Sousa e Cuevas até entraram melhor no ‘court’ Cascais, de bancadas semi-preenchidas, mas entusiastas no apoio à dupla da ‘casa’, e chegaram primeiro ao ‘break’ no quinto jogo (3-2), mas não conseguiram aproveitar dois ‘set points’ no nono jogo, permitindo a recuperação dos adversários, que não só evitaram mais três ‘set points’, como conseguiram a quebra de serviço, antes de fechar no ‘tie-break’.

No segundo parcial, com o vento por vezes forte a manter-se em jogo, o vimaranense e o parceiro, que figuram no 192.º e 193.º lugares na hierarquia mundial de pares, respetivamente, sofreram novo ‘break’ e, apesar de terem devolvido logo no segundo jogo, cederam no segundo ponto de ‘break’ que enfrentaram quando serviam com o marcador no 5-5.

González e Goransson não desperdiçaram a oportunidade, perante um João Sousa mais dinâmico e um Pablo Cuevas mais errático e apático, e, ao primeiro ‘match point’ de que dispuseram, encerraram a discussão pelo acesso às meias-finais, marcando encontro com o sul-africano Raven Klasson e o japonês Ben McLachlan, quartos cabeças de série.

Obviamente, [estou] dececionado com esta derrota”

“O ténis tem destas coisas, por vezes jogamos melhor e perdemos. Foi o caso de hoje. Acredito plenamente que tínhamos tudo para vencer não só o primeiro ‘set’, como o segundo. Fomos claramente superiores, no entanto perdemos, e é o que conta no final do encontro”, comentou o único português que venceu o Estoril Open em singulares (2018).

O campeão de singulares do Estoril Open de 2018 tinha “muito boas esperanças” de conseguir o apuramento para as meias-finais de pares, depois de a dupla luso-uruguaia ter jogado “um muito bom encontro” na primeira ronda.

“Hoje, voltámos a jogar bem. Depois de um primeiro ‘set’ em que tínhamos tudo na mão para vencer, não o conseguimos fazer. Independentemente disso, não entrámos tão bem no segundo, conseguimos dar a volta e ter oportunidades também para vencê-lo. Não estou contente, como é óbvio, porque acho que fomos superiores e não vencemos”, reiterou.

Para Sousa, hoje “faltou as bolas entrarem”. “Apesar da derrota, não fiz um mau encontro. Acho que joguei a um bom nível, mas no ténis nem sempre se vence e há que tirar ilações positivas”, completou.

Eliminado na primeira ronda de singulares pelo argentino Sebastián Báez, com os parciais de 6-1 e 6-3, o 83.º classificado do ‘ranking’ ATP autopropôs-se a fazer um balanço da sua passagem por esta edição do Estoril Open.

“Falando um bocadinho, em geral, do torneio, não é um torneio em que estou orgulhoso da minha prestação, como é óbvio, nem em singulares, nem em pares”, confessou.

Agora, o vimaranense, de 33 anos, vai viajar para Madrid, onde disputará o ‘qualifying’ do Masters 1.000 da capital espanhola, e promete “continuar a trabalhar” para “tentar jogar a um bom nível e tentar continuar a vencer, que é aquilo que importa”.