“Muito boa vitória ao lado de um amigo, de um companheiro. Obviamente é sempre muito bom começar os torneios com uma vitória. O par serve também um bocadinho para isso, para nós, que jogamos um bocadinho mais singulares, podermo-nos habituar ao campo, às condições e a verdade é que nos complementamos muito bem. Já tínhamos jogado anteriormente e foi um bom encontro. Estou muito contente com isso”, começou por defender o vimaranense.

João Sousa e o parceiro austríaco, campeão do Open dos Estados Unidos em 2020, eliminaram na ronda inaugural o também português Duarte Vale e o norte-americano Ben Shelton, também premiados com um ‘wild card’, por 6-4 e 6-2, em uma hora e nove minutos.

“Foi pena termos calhado os dois ‘wild cards’ um contra o outro. Mas a verdade é que o sorteio ditou isso. Pouco podemos fazer. Nós fizemos a nossa parte, demos o nosso melhor. Conseguimos a vitória e esse era o objetivo”, acrescentou o minhoto, de 34 anos.

A estreia do campeão português do Estoril Open de 2018 está prevista para terça-feira diante do italiano Giulio Zeppieri, logo a seguir ao encontro entre Thiem e o compatriota Sebastian Ofner, e Sousa garante estar a sentir-se bem para a edição deste ano do ATP português.

“Preparei-me muito bem. Como digo, começar o torneio com uma vitória, independentemente de ser em singulares ou em pares, é sempre bom, é gratificante. Estou contente com isso. Os singulares não têm nada a ver, mas é muito bom para habituar-se às condições de jogo. Hoje, não tínhamos muito vento, normalmente faz um bocadinho mais de vento, o que é melhor para nós. É um bom indício, uma boa preparação e amanhã [terça-feira] é para dar tudo em campo. E tentar levar essa vitória. Esse é o objetivo”, frisou o número dois português e 147 do mundo em singulares.

Já Dominic Thiem, de regresso ao Clube de Ténis do Estoril, depois da estreia em 2022, lembrou ter conquistado ao lado de João Sousa a “primeira vitória em muito tempo” em pares — não vencia desde 2019 na variante -, o que sabe “sempre bem”.

“Fiquei muito feliz quando o João me perguntou [convidou para fazer dupla] e também foi bom receber o ‘wild card’. E, sim, é a minha primeira vitória [em pares] em dois anos, ou algo assim, por isso foi um dia muito bom”, confessou.

O antigo número três mundial, atualmente caído para o 111º lugar no ranking ATP, conquistou o primeiro e único ‘major’ da carreira no Open dos Estados Unidos em 2020, mas na temporada seguinte contraiu uma lesão grave no pulso direito que o arredou dos ‘courts’ durante vários meses.

Há um ano jogou na terra batida do Estoril o seu terceiro torneio, após a recuperação da lesão, mas garante estar em melhores condições físicas este ano.

“Estou a jogar muito melhor agora. No ano passado, quase não conseguia bater uma direita. Agora é diferente, falta-me apenas ganhar alguns encontros e alguma confiança. Sinto-me bem, gosto de jogar aqui e amanhã [terça-feira] vai ser um bom jogo contra um amigo austríaco”, sublinhou.

A vitória de hoje foi a segunda da temporada para Thiem, de 29 anos, e a primeira em pares desde 2019, ano da sua primeira parceria com Sousa — perderam na primeira ronda do torneio de Barcelona.

Já Sousa garantiu nova presença na segunda ronda de pares, fase em que caiu ao lado do uruguaio Pablo Cuevas no ano passado.