Neste período, dos 32.539 escoceses com teste positivo ao novo coronavírus, 1.991 estiveram de algum modo ligados à prova, tendo assistido a um ou mais jogos nos estádios de Hampden Park (Glasgow) ou Wembley (Londres), frequentado a ‘zona de fãs’ de Glasgow ou integrado encontros informais, em bares ou em casas particulares.

Dos 1.991, quase dois terços (1.294) viajaram para Londres para participar nalgum evento relacionado com a competição, incluindo 397 pessoas que assistiram ao jogo entre Escócia e Inglaterra (0-0) em 18 de junho, em Wembley.

Estes números são divulgados numa altura em que várias vozes se têm levantado contra a decisão da UEFA de realizar as meias-finais e a final do Euro2020 em Wembley, uma vez que o Reino Unido está no meio de um surto da variante Delta, mais contagiosa, que agora é a dominante.

Na semana passada, o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, expressou publicamente o desejo de que a final "não aconteça em um país onde os contágios estão a crescer rapidamente".

Por seu turno, a vice-presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, expressou recentemente "dúvidas" sobre o plano, dizendo que a UEFA deveria "analisar cuidadosamente" esta decisão.

De acordo com o governo britânico, mais de 60.000 espetadores vão ser permitidos nas bancadas de Wembley para as meias-finais e final do Euro2020, ao invés dos 40.000 inicialmente previstos, num recinto com capacidade máxima de 90.000 lugares.

Apesar de o número de mortes e hospitalizações permanecerem baixas, neste momento, no Reino Unido (o país europeu com mais vítimas provocadas pela covid-19, com 128.000 mortes), têm vindo recentemente a ser registados mais de 20.000 novos casos de infeção por dia.