FC Porto e Sporting empataram hoje 2-2, em partida da 22.ª jornada da I Liga de futebol, em que os 'dragões' conseguiram recuperar de uma desvantagem de dois golos, e manter, assim, a margem da sua liderança no campeonato.
Os lisboetas até protagonizaram uma entrada de rompante no desafio, adiantando-se no marcador com os golos de Paulinho (oito minutos) e Nuno Santos (34), a que os 'dragões' responderam com os tentos de Fábio Vieira (38) e Taremi (78), este último numa altura em que o Sporting jogava em inferioridade numérica, pela expulsão de Coates, logo aos 49 minutos.
Com este resultado, o FC Porto, mesmo interrompendo uma série de 16 vitórias consecutivas, continua invicto na Liga e soma agora, no primeiro lugar, 60 pontos, mais seis do que o Sporting, que segue no segundo posto, e mais 13 do que o Benfica, que fecha o pódio, com menos um jogo.
O conjunto nortenho apresentou-se para este duelo com o Diogo Costa na baliza, depois de o guardião ter recuperado de uma lesão contraída no último jogo, frente ao Arouca, em relação ao qual o técnico Sérgio Conceição fez três alterações no 'onze', com as entradas do lateral direito João Mário, o médio Uribe e o avançado Taremi, para os lugares de Bruno Costa, Grujic e Pepê.
Do outro lado, Rúben Amorim surpreendeu ao deixar o médio João Palhinha no banco de suplentes, apostando na titularidade de Ugarte, e, perante as ausência do castigado Pedro Porro e do lesionado Pedro Gonçalves, promoveu, em relação ao último jogo, com o Famalicão, as entradas no 'onze' de Ricardo Esgaio e Nuno Santos.
As equipas não sentiram as mexidas, e desde o apito inicial impuseram um ritmo diabólico no jogo, com o FC Porto a deixar logo nos segundos iniciais a primeira ameaça, num remate de Vítor Ferreira, que o guarda-redes dos 'leões' Adán susteve, impondo-se também à recarga de Taremi.
O Sporting não se intimidou com a entrada mais afoita do adversário e, na primeira oportunidade de resposta, revelou-se letal, inaugurando o marcador, aos oito minutos, num contra-ataque conduzido por Matheus Reis, que assistiu Paulinho, para o atacante, de cabeça, fazer o seu 12.º golo da temporada.
Apesar do golpe, os 'dragões' não largaram a pressão, surgindo mais vezes em terrenos avançados, mas mostrando alguma dificuldade na construção no último terço, permitindo que a defesa dos lisboetas controlasse as vagas contrárias.
Além dessa solidez a defender, o Sporting mostrava-se, também, muito astuto a explorar as saídas para o contra-ataque, e, pouco depois da meia hora, voltou a 'gelar' o estádio do Dragão, num lance muito veloz trabalhado por Matheus Reis e Sarabia, e desta feita finalizado por Nuno Santos.
A reação do FC Porto a esta nova contrariedade surgiu pouco depois, numa jogada de envolvência finalizada de forma eficaz por Fábio Vieira, que, assistido por Vítor Ferreira, surgiu em posição privilegiada para fazer o 2-1, aos 38 minutos.
O resultado iria manter-se até ao intervalo, fruto de uma toada muito quezilenta que as duas equipas fizeram arrastar-se até ao descanso, que resultou numa série de cartões amarelos para ambos os lados.
No reatamento, o Sporting acabou por sofrer um duro revés, com a expulsão do central Coates, logo aos 49 minutos, vendo pela segunda vez a cartolina amarela, após derrubar Evanilson, quando o atacante do FC Porto se ia isolar.
Rúben Amorim tentou, pouco depois, reequilibrar a equipa defensivamente, lançando João Palhinha para o lugar de Sarabia, numa altura em que os 'leões' começavam a ser muito pressionados pelo adversário, que se ia instalando na área contrária e ameaçando a baliza de Adán.
João Mário, perto da hora de jogo, materializou a vontade de recuperação com um remate ao poste da baliza sportinguista, numa altura em que o treinador do FC Porto já tinha arriscado e reforçado o ataque, primeiro com Galeno e mais tarde com Francisco Conceição e Pepê.
Perante a toada pressionante dos nortenhos, acabou por não surpreender o golo do empate, que surgiu já aos 78 minutos, num cabeceamento fulgurante de Taremi, a desviar um cruzamento de Fábio Vieira.
Nas bancadas, o público portista entusiasmava-se e conseguia contagiar a equipa para partir em busca da reviravolta, mas apesar da insistência dos pupilos de Sérgio Conceição, o Sporting mostrava-se exímio nas missões defensivas, focando o seu esforço em tapar, com sucesso, todos os caminhos para sua baliza, conseguindo manter o 2-2 até ao final.
Já depois de o árbitro João Pinheiro ter dado o jogo como terminado, os jogadores de ambas equipas, e alguns elementos que estavam nos respetivos bancos, envolveram-se numa série de escaramuças, só sanadas passados alguns minutos, e que valeram várias expulsões para os dois lados.
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