No regresso do público ao Estádio do Dragão 17 meses depois, com 33% da lotação, devido à pandemia de covid-19, os golos do espanhol Toni Martínez, aos 19 minutos, e do colombiano Luis Díaz, aos 65, construíram o triunfo autoritário dos ‘azuis e brancos’, que ficaram a dever a si próprios um resultado mais robusto.
O encontro frente ao derradeiro adversário dos vice-campeões no campeonato anterior abriu também a 21.ª época seguida do defesa internacional português Pepe, que, aos 38 anos, cinco meses e 11 dias, suplantou por dois meses um recorde detido por Silvino.
O FC Porto juntou-se a Tondela, Sporting, Estoril Praia, Sporting de Braga, Benfica e Portimonense no conjunto de líderes da I Liga, todos com três pontos, enquanto o Belenenses SAD acompanha outros seis clubes no fundo da tabela, sem pontos.
Fiel à maioria dos titulares da época passada, Sérgio Conceição lançou Diogo Costa e João Mário como novidades no ‘onze’, além do reforço Bruno Costa, face à autêntica ‘revolução’ assinada por Petit, que manteve apenas quatro figuras do passado recente.
O FC Porto depressa criou problemas ao Belenenses SAD e Luiz Felipe aplicou-se para travar um ‘tiro’ de Toni Martínez, mas até foi apanhado em contrapé aos sete minutos, com Trova Boni a solicitar pela direita a desmarcação de Mateo Cassierra, que cruzou na direção do segundo poste, onde Alioune Ndour falhou, quando só tinha de encostar.
Esse lance escapou à crescente insistência dos anfitriões no último terço, conforme vincaram um desvio a rasar o poste de Toni Martínez, aos 10 minutos, e outra defesa apertada de Luiz Felipe a uma incursão de Luis Díaz pela esquerda, aos 11.
Oito minutos depois, João Mário tocou na frente, Sérgio Oliveira baralhou a defesa contrária sem tocar na bola e abriu alas ao ‘disparo’ de Toni Martínez, que festejou à terceira tentativa, prolongando a ‘veia’ goleadora despertada na reta final de 2020/21.
A entrada contundente do FC Porto abrandaria a caminho do intervalo, com exceção de um pontapé promissor de longe de Sérgio Oliveira, aos 45 minutos, ao passo que o Belenenses SAD rareava em ideias e confiança para voltar a assustar Diogo Costa.
Os pupilos de Sérgio Conceição recuperaram energia para a segunda etapa e o árbitro Gustavo Correia marcou penálti aos 49 minutos, decisão revertida com o auxílio das imagens do videoárbitro (VAR), ao punir simulação de Luis Díaz diante de Chima Akas.
O extremo colombiano voltou a ameaçar aos 55 minutos, num remate em arco sem o efeito desejado, e serenou definitivamente as hostes do FC Porto aos 65 minutos, concluindo de cabeça uma subida pujante de João Mário pelo corredor direito.
Mehdi Taremi, aos 71 minutos, e Toni Martínez, aos 76, quiseram extrair mais dividendos das debilidades do Belenenses SAD, que se limitou a conter danos e a ‘aparecer’ em zonas de finalização nos ‘descontos’, embora Diogo Costa tenha denotado atenção e reflexos para deter sucessivas finalizações de Ndour, Afonso Sousa e Pedro Nuno.
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