Ao longo de oito pontos, a FPC explica os “cuidados adicionais relativamente ao passado” agora que é possível “regressar à berma da estrada para assistir ao espetáculo e incentivar” os ciclistas.
A primeira medida elencada passa por evitar as zonas de partida e de meta, com o objetivo de colocar “a integridade dos atletas e a saúde pública primeiro”, pedindo-se também que os adeptos prescindam do “incentivo oral” e privilegiem as palmas, sempre que possível em “locais com pouca aglomeração de público para ver passar as corridas”.
A organização em grupos pequenos, o acompanhamento das provas através das redes sociais e outros meios virtuais e a presença na estreada acompanhado “de máscara de proteção certificada e de solução aquosa de base alcoólica 70%” são outras das recomendações.
Pessoas com sintomas associados à covid-19 devem “abster-se de acompanhar presencialmente a corrida”, enquanto integrantes de grupos de risco devem ter “especial precaução” e seguir “os canais digitais”.
O manual é publicado no mesmo dia em que o presidente da Câmara da Guarda, Carlos Chaves Monteiro, disse à Lusa estar em avaliação a passagem no concelho da Volta a Portugal, que vai para a estrada entre 29 de julho e 09 de agosto.
Antes, o município de Viana do Castelo anunciou a interdição da passagem da Volta a Portugal no concelho por considerar que “não pode dar sinais contraditórios” à sociedade, “face ao desconhecimento da evolução” da pandemia de covid-19.
Na sexta-feira, fonte oficial da Direção-Geral da Saúde (DGS) disse à agência Lusa que a Volta a Portugal em bicicleta vai decorrer entre 29 de julho e 09 de agosto, assegurando o distanciamento social e sem concentrações com mais de 20 pessoas.
Em resposta por escrito, a DGS afirmou que, “de acordo com plano apresentado” pela Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC), está previsto que “a prova decorra de 29 de julho a 09 de agosto”.
“Os atletas serão monitorizados pela equipa médica do clube por forma a garantir a deteção precoce de qualquer sintoma sugestivo de covid-19. Caso existam suspeitos de covid-19 serão aplicados os procedimentos estabelecidos em Portugal, não podendo participar na prova. Será realizado um teste antes do início da competição”, explicou a DGS.
Na segunda-feira, em resposta à FPC, o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, afirmou que, com o plano sanitário apresentado e mediante a resolução do Conselho de Ministros que permite competições individuais ao ar livre desde 01 de junho, “estão reunidas as condições para a sua realização nos termos propostos”.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 472 mil mortos, incluindo 1.540 em Portugal.
Comentários