Como previsto, Fernando Santos revelou a sua convocatória numa conferência de imprensa na Cidade do Futebol, em Oeiras.
Numa convocatória sem grandes surpresas, Cristiano Ronaldo volta ser chamado para a seleção nacional, podendo fazer a sua estreia na Liga das Nações. O astro português não foi convocado para nenhuma das partidas durante a fase de grupos desta competição, mas marcou presença nas duas partidas de qualificação para o Campeonato Europeu de 2020, contra a Sérvia e a Ucrânia.
Outro dos destaques é João Félix, um dos nomes que se previa figurar nos convocados, já que o jovem avançado ficou ausente da seleção de sub-20 que vai disputar o Mundial da categoria, na Polónia.
As atenções também recaem sobre Diogo Jota, extremo que milita no Wolverhampton Wanderers e cuja época de bom nível foi assim recompensada com uma nova chamada à equipa principal.
Ambos estes jovens jogadores já tinham recebido uma convocatória para as duas últimas partidas, não saindo, porém, do banco de suplentes.
Para a baliza, o selecionador nacional repetiu os três nomes que já tinham sido chamados para os jogos de qualificação, com Rui Patrício, Beto e José Sá.
Na defesa, Fernando Santos vai contar com Raphael Guerreiro, Mário Rui, Rúben Dias, José Fonte, Pepe, Nelson Semedo e João Cancelo.
Mais à frente, a meio-campo, a seleção nacional vai contar com os préstimos de Danilo Pereira, William Carvalho, Rúben Neves, Bruno Fernandes, Pizzi e João Moutinho.
Na frente de ataque, vão estar à disposição do selecionador Rafa Silva, Gonçalo Guedes, Bernardo Silva, João Félix, Diogo Jota, Cristiano Ronaldo e Dyego Sousa. O avançado do Sporting de Braga volta a ser chamado, depois de se estrear frente à Sérvia.
Fora da convocatória ficam jogadores que costumam ser presença habitual na seleção nacional e que tinham jogado nas partidas de qualificação, como André Silva e João Mário. Renato Sanches, Bruma, Sérgio Oliveira, Gelson Martins, Cláudio Ramos e Éder, atletas que sido chamados à fase de grupos da Liga das Nações, também não fazem parte das contas do selecionador.
Fernando Santos justificou a sua escolha tendo por base a qualidade técnica e tática, assim com o compromisso que os jogadores têm com o jogo e com o grupo — “e felizmente para nós estes critérios aplicam-se a muitos jogadores”. Soma-se a estes dois critérios, disse ainda, o dos ritmos competitivos dos jogadores.
Numa competição que se caracteriza por poucos jogos, mas também pouco tempo de preparação, Fernando Santos coloca o foco na “recuperação mental” dos jogadores, muitos deles sujeitos a grande desgaste nos seus clubes, visto que estiveram na luta pelos títulos.
“Esta é uma prova diferente”, assumiu Fernando Santos, “é um mata-mata imediato, e se queremos estar na final temos de ganhar nas meias finais”.
Questionado sobre um primeiro confronto de Portugal nesta competição, frente à Suíça, Fernando Santos respondeu que a equipa tem de se “concentrar em fazer aquilo que quer e pôr em campo as suas capacidades, sempre com o objetivo claro de ganhar”.
O selecionador nacional comentou ainda o caso de André Silva, que “foi monitorizado pelo nosso departamento médico e o relatório final deu-o como inapto para estes jogos”, disse.
Portugal, campeão europeu em título, defronta a Suíça nas meias-finais da Liga das Nações, em 5 de junho, no Porto, enquanto Inglaterra e Holanda disputam no dia seguinte a outra vaga para o jogo decisivo, em Guimarães.
A final está agendada para 9 de junho, no Estádio do Dragão. Antes, realiza-se o encontro de atribuição do terceiro e quarto lugares, no Estádio D. Afonso Henriques.
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