Foi o próprio presidente da FIFA, Gianni Infantino, que manifestou hoje, em Miami, a vontade de antecipar a alteração do formato atual, que estava prevista para o Mundial2026, e que implicará que um dos países vizinhos do Qatar receba alguns jogos do Mundial2020.

Segundo Infantino, a FIFA vai trabalhar numa proposta conjunta com o Qatar para viabilizar aquela possibilidade e apresentá-la no congresso da organização, previsto para Paris, em junho próximo.

O aumento de número de seleções já estava previsto para o Mundial2026, que será organizado por três países, Estados Unidos, Canadá e México.

Um estudo de viabilidade desta proposta levado a efeito pela FIFA refere que o Qatar não será forçado a partilhar jogos do Mundial2020 com a Arábia Saudita, o Bahrein ou os Emirados Árabes Unidos, a não ser que esses países restaurem os laços diplomáticos com o país organizador.

No mesmo relatório, a FIFA indica como opções possíveis para sediar jogos do Mundial2020, o Kuwait e Omã, tendo em conta a sua posição de neutralidade, embora se limite a fazer uma avaliação superficial sobre as infraestruturas e os estádios existentes nesses dois países para receber alguns dos jogos da competição.

FIFA avança com Mundial de clubes com 24 equipas apesar de oposição europeia

A FIFA também deu hoje 'luz verde' à criação de um Mundial de clubes de futebol em 2021 com 24 equipas, substituindo o atual formato de sete equipas, apesar da oposição da Associação Europeia de Clubes (ECA).

Além do alargamento do número de participantes, e da competição deixar de ser disputada anualmente para passar a quadrienal, também vai mudar o período do ano em que decorre, transitando de dezembro para junho e julho, anunciou hoje o presidente da FIFA, Gianni Infantino, em Miami.

Horas antes deste anúncio, a ECA (que representa 232 clubes europeus) tinha avisado que se recusa a participar na edição de 2021 do Mundial de clubes de futebol com 24 equipas, através de uma carta enviada a Infantino.

A missiva, a que a agência noticiosa AP teve acesso, está assinada pelos responsáveis de 14 dos principais clubes da ECA, incluindo Andrea Agnelli, líder da estrutura e presidente executivo da Juventus.

A ECA manifesta-se "contra qualquer potencial aprovação de um Mundial de clubes reformulado, neste momento, e confirma que nenhum dos clubes da ECA vão fazer parte desta competição".

Os clubes instam a FIFA a "adiar qualquer decisão referente ao Mundial de clubes, até ao momento em que as legítimas preocupações e interesses dos emblemas europeus sejam adequadamente atendidas".

Em causa está o desacordo com a inclusão de novas competições até que haja um calendário internacional estipulado a partir de 2024.

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