Hamilton soma 306 pontos, mais 50 do que o alemão Sebastian Vettel (Ferrari), que foi terceiro na Rússia, e mais 117 do que Bottas, que subiu ao terceiro lugar do Mundial de pilotos, por troca com o finlandês Kimi Raikkonen (Ferrari).

No final da prova, Hamilton, bem lançado para a renovação do título, admitiu que o companheiro de equipa “foi um cavalheiro”, ao deixá-lo passar a meio da prova.

“Foi um dia difícil, Valtteri foi um cavalheiro ao deixar-me passar. Ele merecia vencer, mas hoje foi um trabalho de equipa”, afirmou o britânico, que somou o 70.º triunfo na carreira e o terceiro em Sochi.

Apesar de considerar que a decisão da equipa “foi correta”, tendo em conta a luta pelas vitórias nos Mundiais de pilotos e construtores, Hamilton não festejou o triunfo.

Bottas, que abrandou para se deixar ultrapassar por Hamilton a pouco mais de meio da corrida, falou mais da ‘dobradinha’ da Mercedes do que do resultado individual.

“Este foi um dia difícil, o resultado da equipa foi bom, mas pessoalmente, como todos viram, foi um pouco complicado. O Lewis está a lutar pelo campeonato, por isso temos um plano”, afirmou.

O finlandês saiu da ‘pole’ e colocou-se na frente da corrida, com Hamilton e Vettel a lutarem pela segunda posição, com o britânico a levar a melhor.

As posições da frente não sofreram alterações até começar a fase de paragens para troca de pneus. Bottas foi o primeiro a parar, na volta 13, Hamilton trocou à 15.ª.

Raikkonen e Max Verstappen (Red Bull), ainda sem terem trocado de pneus, andaram na frente, e na volta 25, Bottas, que era segundo atrás do holandês, baixou o ritmo para permitir a passagem de Hamilton.

Na volta 44, o holandês Verstappen trocou de pneus, Hamilton assumiu a liderança, com Bottas na segunda posição e Vettel na terceira, à frente de Raikkonen, quarto.

Na comunicação com a equipa, Bottas tentou perceber se Hamilton lhe iria devolver a liderança, mas a resposta foi clara: “Fica tudo como está”.

Hamilton, campeão do mundo em 2008, 2014, 2015 e 2017, cortou a meta com menos 2,545 segundos do que o seu companheiro de equipa, e menos 7,487 do que Vettel.

A próxima prova do Mundial de Fórmula 1, a 17.ª das 21 do calendário, vai ser disputada em 07 de outubro, no Japão.