“Significa muito para mim (este reconhecimento). Sempre sonhei poder falar que surfei a maior onda que uma mulher já surfou. Sempre foi um sonho”, começou por dizer Maya, à margem da apresentação do Big Wave Tour – Nazaré Challenge 2018, que decorreu no forte de S. Miguel Arcanjo, na Nazaré.
Contudo, na praia do Norte, na Nazaré, em 2013, a atleta brasileira viveu um momento que poderia ter ditado o seu afastamento para sempre da modalidade, quando tentava surfar uma das ondas grandes e sofreu um acidente grave.
“A minha história com a Nazaré não começou da melhor forma. Demorei muitos anos para conseguir voltar e poder atingir esse objetivo, depois de um grande período em que eu não sabia se ia voltar a surfar em alta performance”, relembrou.
Maya considerou ainda que só conseguiu superar as cirurgias, os traumas e as ansiedades com “a motivação e o desejo” de ver o sonho cumprido.
A recordista apontou ainda as diferenças e a evolução desde que sofreu o acidente, assegurando que agora se sente mais segura, ainda que o medo esteja sempre presente.
“No início, viemos (para a Nazaré), pouco preparados, sem conhecimento e sem o material necessário. Mas, a segurança foi evoluindo e a equipa deu-me confiança. Superar o medo não, porque morro de medo. Mas, a confiança é tudo e agora estou mais preparada e consigo expor-me mais”, concluiu.
O período de espera da terceira edição do Big Wave Tour decorre até ao dia 28 de fevereiro de 2019, na praia do Norte, na Nazaré.
(Notícia corrigida às 19:26 - A onda surfada foi de 20,72 metros e não de 24 metros)
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