André Villas-Boas vai orientar o Shanghai SIPG, que contratou recentemente Ricardo Carvalho, e Jaime Pacheco prossegue no Tianjin Teda, juntando-se ao brasileiro Luiz Felipe Scolari, antigo selecionador de Portugal, timoneiro do hexacampeão Guangzhou Evergrande.
O mercado de transferências futebolísticas tem sido animado pelos clubes chineses, contando-se, entre as cinco transferências mais caras de sempre no país asiático, três com jogadores que se afirmaram em clubes portugueses.
Hulk, antigo jogador do FC Porto, domina o ‘ranking', após ter sido comprado pelo Shanghai SIPG, de Villas-Boas, aos russos do Zenit, por 55 milhões de euros (ME), em junho de 2016.
FC Porto e Benfica têm, cada um, quatro ex-jogadores a competir no ‘gigante’ asiático.
Jackson Martinez, que representou os ‘dragões' entre 2012 e 2015, assinou em fevereiro último pelo Guangzhou Evergrande, proveniente dos espanhóis do Atlético de Madrid.
O campeão chinês pagou 42 ME pelo avançado colombiano, um montante recorde na altura na China, mas agora relegado para a quinta posição.
Fredy Guarín e Rúben Micael são outros antigos portistas que jogam em clubes chineses - Shanghai Shenhua e Shijiazhuang Everbright, respetivamente.
O médio belga Axel Witsel, que jogou no Benfica na época 2012/13, rumou este mês aos chineses do Tianjin Quanjian, num negócio avaliado em 50 ME - a terceira contratação mais cara de sempre na China.
Ramires, que jogou pelas ‘águias' na época 2009/10, foi comprado ao Chelsea, pelo Jiangsu Suning, por cerca de 30 ME.
Ao serviço do Chongqing Lifan, oitavo classificado da primeira divisão da China, Alan Kardec é outro que já vestiu de ‘encarnado’.
Yu Dabao, internacional chinês que alinha pelo Beijing Guoan, passou pelos juniores do Benfica, tendo sido emprestado a vários clubes portugueses antes de regressar ao seu país de origem.
O avançado é o mais conhecido representante de um intercâmbio que leva todos os anos a Portugal dezenas de jovens futebolistas chineses.
O defesa central e internacional chinês Han Pengfei, de 23 anos, que na época passada rumou ao Guangzhou Evergrande, depois de jogar no Mafra, da II Liga portuguesa, é outro exemplo.
Fredy Montero, avançado colombiano, é o único antigo jogador do Sporting atualmente num clube chinês - o Tianjin Teda, de Jaime Pacheco.
Segundo os regulamentos do campeonato chinês, no ‘onze’ em campo podem alinhar, no máximo, três jogadores estrangeiros não asiáticos.
"Há mais grandes craques de nível mundial que querem vir" para a China, contou à agência Lusa Rúben Micael, admitindo que "o problema são as vagas".
O fluxo de ‘portugueses’ para o futebol chinês não é apenas composto por jogadores que alinharam num dos ‘três grandes’ de Portugal.
Nacional e Estoril-Praia estão também bem representados, cada um com três antigos futebolistas atualmente no país asiático.
Pela equipa madeirense passaram o moçambicano Zainadine Júnior (Tianjin Teda), o venezuelano Mario Rondón e Rúben Micael (ambos no Shijiazhuang Everbright).
O brasileiro Fernandinho, agora no Chongqing Lifan, Paulo Henrique, do Yanbian Fude, e Yuri de Sousa, que joga no Qingdao Huanghai, da II divisão chinesa, representaram o Estoril-Praia.
Sporting de Braga, Paços de Ferreira, Boavista, Vitória de Setúbal, Portimonense, União da Madeira, Gil Vicente, Leixões, Beira-Mar, Maia, Marco e Pontassolense são os outros conjuntos portugueses pelos quais passaram futebolistas que agora atuam na China.
O sueco Sven-Göran Eriksson, antigo treinador do Benfica, permanece na China, no Shenzhen FC, do segundo escalão, depois de passagens pelos comandos técnicos de Guangzhou e Shanghai SIPG.
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