Nos EUA quem tem garantido audiências no soccer são os “The Tigers”. Quem? O atual 18º classificado da Premier League? Não é frequente incluir o Hull City na lista de nomes proeminentes da primeira liga inglesa de futebol. Especialmente quando a notícia destaca o emblema que é líder de audiências em transmissões televisivas. Seria de esperar que fosse um clube histórico como Manchester Utd, Liverpool ou Arsenal. Porém, no mercado norte-americano, a hora do pontapé de saída vale ouro e aqui quem manda é a equipa orientada por Mike Phelan.

De acordo com os números recolhidos pela agência Nielsen e analisados pela Newsweek, durante as primeiras onze jornadas da Premier League, o Hull City reuniu o maior número de espetadores num só jogo: 1,159 milhões no duelo em casa frente ao Manchester United de José Mourinho, a 27 de agosto.

No total foram transmitidos quatro jogos do Hull esta temporada nos Estados Unidos e a média de telespetadores desses encontros situa-se nos 565.250.

No segundo lugar do campeonato de audiências está Liverpool e o futebol "heavy metal"de Jürgen Klopp com uma média de 499.000 espetadores, em 11 jogos transmitidos na NBC (e afiliados).

Estes números refletem a dificuldade da Premier League entrar no mercado norte-americano, o que se deve em muito à diferença do fuso horário entre cinco-a-oito horas entre Inglaterra e Estados Unidos.

A partida entre o Hull City vs Manchester Utd, a 27 de agosto, foi o único a superar a barreira de 1 milhão de telespetadores, à entrada da 12ª jornada da liga inglesa. Nem mesmo o derby de Manchester conseguiu aproximar-se destes números. O jogo que ditou o regresso dos embates entre os técnicos José Mourinho e Pep Guardiola teve apenas 623.000.

Não é difícil perceber ou antever as razões que estão na origem de tão parcos números. Mesmo tratando-se de um jogo com todos os ingredientes para ultrapassar a marca de 1 milhão de telespetadores: o derby teve início às 7 horas da manhã na zona este e os amantes do soccer na costa oeste tiveram que acordar às 4h da manhã para ver o jogo. 

Por seu turno, o Hull contra Manchester Utd foi transmitido durante a hora do almoço na costa leste dos EUA (17:30 em Inglaterra).

A NBC assinala à Newsweek que esta foi a causa mais provável para que um dos jogos mais esperados da liga não tenha tido os mesmos resultados que um jogo transmitido entre uma equipa do fundo da tabela e sem grande exposição, sustentando a ideia de que os jogos ao final da manhã e no início da tarde, em horário local, estão em condições de serem mais bem sucedidos.

Esta confirmação vai ao encontro daquilo que se verificou na época passada. Nas primeiras onze jornadas de 2015-2016, o jogo mais visto foi o Manchester Utd contra Liverpool (Benteke num pontapé acrobático magistral fez o tento de honra para os forasteiros aos 84’ na derrota por 3-1) que começou às 12h30 na costa leste (17h30 em Inglaterra) e teve uma audiência na casa dos 1,247 milhões. Acima da marca de um milhão só outros dois jogos e começaram à mesma hora: Arsenal vs Everton (2-1 a favor dos da casa no Emirates) e Chelsea vs Swansea City (2-2 num jogo em que os blues jogaram com menos elemento praticamente toda a segunda-parte após expulsão de Courtois aos 52’).

Estes dados excluem, no entanto, os números referentes à 12ª jornada que, apesar de ter tido um Manchester United vs Arsenal, a bola começou a rolar à hora do almoço em Inglaterra. Não será de estranhar que os números sofram do efeito "timezone" e sejam equiparados aos obtidos durante o derby de Manchester.

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