Com cada ingresso a custar dois euros e cinquenta cêntimos, as pessoas corresponderam em massa e mostram-se solidárias com as vítimas da tragédia do ciclone Adai, que atingiu a região centro de Moçambique, o Maláui e o Zimbabué em 14 de março.
Num dia em que o menos importante foi o resultado, - o Sporting venceu o Benfica por 1-0-, a partida entre ‘rivais' a disputar campeonatos distintos, uma vez que as ‘encarnadas' competem na segunda divisão no ano de estreia, foi de festa, de solidariedade e também de recordes.
Os primeiros adeptos afetos as ‘águias' e ‘leoas', entre eles muitas crianças, começaram a entrar no Estádio do Restelo, em Lisboa, pelas 14:40, com a primeira ovação a acontecer durante a subida ao relvado das jogadoras do Sporting e, posteriormente, do Benfica, para os exercícios de aquecimento.
Já com as bancadas bem compostas, cedo ficou percetível que o número (12.213) recorde de espetadores registado num jogo de futebol feminino em Portugal, na altura em 2017, na final da Taça de Portugal, entre Sporting e Sporting de Braga, iria ser superado.
Muitos adeptos, misturados nas bancadas, entraram já depois de cumprido o minuto de silêncio em homenagem às vítimas do desastre natural, que, segundo as autoridades moçambicanas, subiu hoje para 501 o número de mortos. Os feridos mantiveram-se em 1.523, porém o total de pessoas afetadas ascendeu aos 843.723.
Para além das receitas de bilheteira irem na totalidade para Moçambique, o ‘speaker' do Estádio anunciou durante o intervalo que os patrocinadores de Benfica e de Sporting doaram dois cheques à Cruz Vermelha Portuguesa, cada um no valor de 5.000 euros, antes de revelar que estiveram presentes no encontro 15.204 espetadores.
Entre os mais de 15.000 adeptos, marcaram presença o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, a Ministra da Saúde, Marta Temido, o Secretário de Estado do Desporto e da Juventude, João Paulo Rebelo e o embaixador de Moçambique.
Comentários