Spadofora, que na terça-feira tinha afirmado que talvez fosse possível dizer algo no final de maio, reafirmou que é necessário avaliar como evolui a pandemia da covid-19, mas também o protocolo de segurança apresentado pela Federação Italiana de Futebol (FIGC).
“Para o futebol, decidiu-se fazer estudos posteriores com o Comité técnico científico e haverá uma reunião amanhã [na quinta-feira]. Temos que ter em conta que o futebol não permite distância de segurança, nem o uso de medidas de proteção”, disse o governante.
O ministro alertou que o desejo de que se avance com datas para a ‘Serie A’ é oposto à necessidade de analisar dados e disse que as únicas decisões tomadas foram as de cancelar a época, em alusão à França e aos Países Baixos.
Spadafora deu ainda como certo um adiamento do regresso aos treinos em Inglaterra, num momento em que, em Itália, o governo deu luz verde para que as equipas voltem a treinar, desde segunda-feira de modo individual, e em equipa a partir de 18 de maio.
“Desejamos que as ligas possam ser retomadas, mas hoje é impossível imaginar uma data, há que ver como evoluem os contágios. A fase 2 começou apenas há dois dias”, adiantou o ministro.
As palavras do governante tiveram o objetivo de manter os níveis de alerta em alta e travar o entusiasmo quanto ao regresso do futebol, num dos países europeus mais afetados, em número de contágios e mortes, pelo novo coronavírus.
A ‘Serie A’ conta com vários futebolistas portugueses, entre os quais Cristiano Ronaldo (Juventus), Mário Rui (Nápoles), Rafael Leão (AC Milan), Miguel Veloso (Hellas Verona) ou Bruno Alves (Parma).
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 257 mil mortos e infetou quase 3,7 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um 1,1 milhões de doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
A Itália é o terceiro país do mundo e o segundo europeu mais afetado pela pandemia, com 29.315 mortos e mais de 213 mil casos de pessoas que foram infetadas, atrás de Estados Unidos (71.078 mortos, e mais de 1,2 milhões de casos) e Reino Unido (29.315 mortos, mais de 213 mil casos).
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