O governante, que falava à margem da homenagem a Nélson Évora, pelos 10 anos da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, integrada no programa ‘Portugal sou eu', disse estar ao lado da verdade desportiva, quando confrontado com o castigo de um jogo à porta fechada aplicada aos três clubes.

"É essencial que haja o cumprimento da lei no futebol e em todas a modalidades. Queremos a defesa da verdade desportiva. Não tem faltado coragem. Pode passar-se a ideia de que está a acontecer algo de invulgar ou anormal, mas não acho que seja. Estão a ser cumpridas regras e a serem conhecidas sanções. O fundamental é o que elas significam para a melhoria do sistema desportivo. Isso é positivo", afirmou.

Questionado sobre o ‘timing' da divulgação dos castigos, numa altura em que estão processos pendentes devidos a recursos anteriores, nomeadamente por parte do Benfica (os ‘encarnados' recorreram de três dos quatro castigos que no cúmulo jurídico valem a interdição de público de um a três jogos e aguardam ainda a decisão), João Paulo Rebelo não quis alongar-se.

"Não falo sobre casos concretos, não faz sentido. Genericamente, a afirmação é esta: tudo o que contribua para melhorar o desporto em Portugal tem o Secretário de Estado do Desporto a defendê-lo. O cumprimento das regras e leis contribui para um melhor desporto e por isso merece a minha simpatia", salientou.

Em relação à polémica em torno do antigo presidente do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), Augusto Baganha, João Paulo Rebelo foi claro e pediu "tranquilidade" para o organismo.

"O IPDJ precisa de tranquilidade depois de o seu nome, lamentavelmente, ter sido posto em causa. O IPDJ tem praticamente 400 trabalhadores, que todos os dias dão o seu melhor, a aplicarem as leis e a fazerem tudo como deve ser. Deve ser poupado a histórias e algumas efabulações. Não sei que interesses servem que não sejam pessoais, pequeninos, e que não fazem sentido, dada a grandeza e importância do Instituto", concluiu.