“Ontem [quinta-feira], fui operada ao joelho, pelo Dr. Pereira de Castro e a sua equipa, felizmente, correu tudo bem! Foi o primeiro dia de um percurso longo e exigente”, informou Telma Monteiro, manifestando-se preparada para “altos e baixos emocionais” durante o processo de recuperação.

Telma Monteiro foi operada em consequência de uma lesão no ligamento cruzado anterior, sofrida no primeiro combate nos Europeus de Montpellier, em França, tendo o Benfica, clube da judoca, indicado que manterá “intacto o objetivo de marcar presença nos sextos Jogos Olímpicos da carreira”, em Paris2024.

“Vai ser tudo diferente do que imaginei. Mas também tenho a certeza que estou rodeada pelos melhores, médicos, fisioterapeutas, clube, amigos, família, treinadores, colegas. E que, como já demonstrei inúmeras vezes, não me faltará resiliência”, assinalou Telma Monteiro, na publicação efetuada hoje.

A judoca, que completa 38 anos em dezembro, tem o mais vasto palmarés da modalidade em Portugal, com um bronze olímpico, quatro títulos de vice-campeã mundial, seis de campeã europeia e numerosas medalhas, muitas das quais no circuito internacional.

Após os Jogos de Tóquio2020, realizados em 2021, Telma Monteiro revelou a vontade de continuar no circuito e apurar-se para Paris.

A oito meses dos Jogos e quando ainda decorre a qualificação nas 14 categorias de peso da modalidade, Telma Monteiro encontra-se em lugar elegível em -57 kg, ocupando a 13.ª posição direta — excluindo a atleta do país anfitrião e só contabilizando uma vaga de judoca por país -, entre as 17 apuradas via ranking.

A perda de competição internacional, em que se contabilizam os pontos acumulados para o apuramento, é um risco para a judoca lusa, que poderá, caso perca a posição elegível, ser obrigada a recuperar pontos na reta final da qualificação.