Dez meses depois do último jogo oficial, feito em novembro, frente ao Luxemburgo, a equipa das ‘quinas', mesmo sem o indisponível Cristiano Ronaldo, impôs-se com os golos de João Cancelo (41 minutos), Diogo Jota (58), João Félix (70) e André Silva (90+5), tendo Bruno Petkovic apontado o tento de honra para os croatas (90+1).
Com este triunfo, Portugal, que defende o título da Liga das Nações, conquistado em 2019, lidera o grupo, com três pontos, os mesmos que a França, que, também hoje, venceu por 1-0 na Suécia, onde a seleção lusa joga já na terça-feira.
No regresso da equipa ao Estádio do Dragão, o mesmo palco onde tinha conquistado, o ano passado, o troféu desta competição, o selecionador nacional, Fernando Santos, adaptou o ‘onze' à ausência de Cristiano Ronaldo, que a contas com uma infeção num dedo do pé direito, teve de ver o desafio na bancada.
Sem a sua maior referência, a formação portuguesa apresentou-se com um ‘onze' de grande mobilidade ofensiva, impulsionada por num tridente composto por Bernardo Silva, Diogo Jota e João Félix, apoiado por Bruno Fernando, que cedo se pautou como um ‘quebra-cabeças' para os croatas.
O conjunto do leste europeu até foi o primeiro a deixar um alerta, com um madrugador remate de Vlasic, aos dois minutos, que Anthony Lopes, uma das surpresas iniciais na formação lusa, desviou para canto.
No entanto, depois desta intervenção, o guardião português, que desde 2018 não integrava os trabalhos da seleção, acabou por ser um mero espetador numa primeira parte endiabrada da equipa das ‘quinas', que cedo assumiu as rédeas do desafio.
Já depois de Danilo e Bruno Fernandes terem deixado iniciais ameaças, as grandes oportunidades da formação nacional surgiram a partir dos 20 minutos, com João Félix a protagonizar, então, o primeiro de três remates da equipa aos ‘ferros’ da baliza contrária.
Pepe, na sequência de canto, ainda viu o guardião Livakovic, uma das figuras dos croatas neste jogo, negar-lhe, por duas vezes o tento inaugural, e Diogo Jota, aos 27 minutos, também tentou a sorte, levando, de novo, a bola embater nos ‘ferros’.
Perante o futebol envolvente e de posse de bola de Portugal, a formação croata, que sem as ‘estrelas' Modric e Rakitic esteve longe de mostrar o estatuto de vice-campeã do mundo, praticamente limitou-se a tapar os caminhos para sua baliza, e voltou a tremer quando Raphael Guerreiro enviou, de novo, a bola aos ‘ferros’, aos 35 minutos.
Com tantas oportunidades goradas, o selecionador nacional Fernando Santos não evitou o colocar de mãos na cabeça, mas ainda antes do intervalo acabou por suspirar de alívio, com o já merecido golo de Portugal, assinado por João Cancelo, aos 41 minutos.
O lateral direto, que representa o Manchester City, recebeu o esférico de Bruno Fernandes, perto do seu flanco, e foi derivando até o centro do terreno, esboçando, de fora da área, um belo remate, que abriu o marcador.
Só depois de estar em desvantagem, a Croácia libertou-se da subjugação, e ainda do intervalo esboçou um remate, por Kramaric, insuficiente para beliscar a vantagem lusa ao intervalo.
O período de descanso não tirou o ritmo aos lusos, que regressaram para a segunda metade com o mesmo pendor ofensivo, ameaçando, cedo, o segundo golo, em dois remates de Bruno Fernandes, perante uma Croácia que continuava a mostrar-se muito ‘macia'.
Nesta toada de insistência, o 2-0 acabou por chegar pouco depois, quando Raphael Guerreiro, com uma grande abertura, isolou Diogo Jota, que sem oposição teve frieza para ampliar vantagem, aos 58 minutos, estreando-se a marcar pela seleção ‘AA’.
Do outro lado, os croatas não mostravam capacidade de resposta ao futebol vertiginoso de Portugal, e mesmo com as entradas dos mais experientes Perisic e Brozovic, não conseguiram melhorar a prestação e voltaram a expor-se a mais um golo, agora assinado por João Felix.
O avançado do Atlético de Madrid quis ‘imitar' a estreia a marcar de Diogo Jota, e com um forte remate à entrada da área também foi debutante na finalização pela seleção nacional, assinando o 3-0, aos 70 minutos.
Só com a vantagem mais confortável, Portugal tirou o ‘pé do acelerador', permitindo à Croácia aventurar-se em terrenos mais adiantados, e já depois uma ameaça de Brozovic, acabou mesmo por chegar o golo de honra, por Petkovic, aproveitando uma desatenção de defesa lusa, já aos 90+1 minutos.
Ainda assim, a noite era de inspiração para Portugal, que no último suspiro do desafio, conseguiu o quarto golo, num desvio em esforço do recém-entrado André Silva, na sequência de um canto, que estabeleceu o 4-1 final, já aos 90+5 minutos.
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