Jogador com mais encontros (158) e golos (88) por Portugal, com uma vantagem imensa sobre a ‘concorrência’, o agora jogador da Juventus não conseguiu acabar com a ‘malapata’ das finais, um dos poucos feitos que lhe faltam na carreira.

Autor do ‘hat-trick’ nas meias-finais com a Suíça (3-1), o avançado madeirense, de 34 anos, não abandonou, porém, o relvado a chorar, como nas duas anteriores finais.

Em 2004, então um miúdo de 19 anos, saiu em lágrimas depois de uma amarga derrota em plena Luz perante a Grécia (0-1), e, 12 anos depois, em 2016, a cena repetiu-se, ao sair lesionado, pelo gaulês Payet, após escassos 25 minutos.

Um ‘milagroso’ golo do suplente Éder, aos 109 minutos, acabou, porém, por valer a Portugal o triunfo por 1-0 sobre a anfitriã França e a conquista do Europeu, com Ronaldo a ser o primeiro a levantar a Taça.

A cena repetiu-se hoje, sendo que, desta vez, o ‘herói’ foi Gonçalo Guedes, de 22 anos, que apontou o único golo face à Holanda (1-0), no Dragão, aos 60 minutos, após assistência de Bernardo Silva, o melhor jogador da I Liga das Nações.

Ainda assim, e, com os três golos nas ‘meias’, faturou em todas as fases finais em que participou, entre Mundiais (2006, 2010, 2014 e 2018), Europeus (2004, 2008, 2012 e 2016), Taça das Confederações (2017) e Liga das Nações (2019).

Foram sete golos em Mundiais, menos dois do que o ‘rei’ Eusébio, que apenas esteve em 1966, nove em Europeus, sendo o melhor marcador da história, em igualdade com o francês Michel Platini, só em 1984, e duas vezes na Taça das Confederações, que Portugal jogou como campeão europeu.

Juntando todos os golos, são já 88 por Portugal, sendo que faturou um golo em 38 ocasiões, ‘bisou’ em 14, logrou seis ‘hat-tricks’ e um ‘póquer’, frente a Andorra, a 07 de outubro de 2016, em Aveiro, na qualificação para o Mundial2018.

Entre todas as seleções mundiais, segue isolado no segundo lugar do ‘ranking’, apenas atrás do iraniano Ali Daei, autor de 107. Para Ronaldo, pode dizer-se que só faltam 19.