A inédia ‘final a oito’ da Liga dos Campeões, decidida em Lisboa em eliminatórias a uma mão, devido à pandemia de covid-19, transformou as meias-finais numa ‘cimeira’ franco-germânica, na segunda vez na história sem equipas espanholas, inglesas ou italianas.
Tal só ocorreu uma vez, em 1990/91, quando os sérvios do Estrela Vermelha conquistaram o título, depois de as ‘meias’ terem sido disputadas por Marselha, Spartak Moscovo e Bayern, sendo notada, sobretudo, das equipas espanholas, presentes ininterruptamente nesta fase desde 2007/08 (Manchester United, AC Milan. Chelsea e Liverpool).
A goleada imposta ao FC Barcelona (8-2), nos ‘quartos’, e o historial, com 20 presenças nas ‘meias’, fazem do Bayern o emblema mais consagrado nesta fase, somando cinco títulos europeus, em 1974, 1975, 1976, 2001 e 2013, e outras tantas finais perdidas, em 1982, 1987, 1999, 2010 e 2012.
O Lyon vai estar pela segunda vez na antecâmara da final da ‘Champions’, e, tal como em 2009/10 frente aos bávaros, que, então, eliminaram a equipa francesa com um acumulado de 4-0 (1-0 e 3-0) nos dois jogos.
O Paris Saint-Germain também só por uma vez esteve presente nas meias-finais, há 25 anos, tendo, na altura, sido afastado do jogo decisivo pelos italianos do AC Milan (1-0 e 2-0).
Em ambos os casos, os ‘carrascos’ das equipas francesas perderam as finais, com o Bayern a ser derrotado pelos italianos do Inter Milão, comandado por José Mourinho, em 2010, e os ‘rossoneri’ a perderem diante dos holandeses do Ajax, em 1995.
Apesar de esta ser a segunda presença nas ‘meias’, esta é a primeira vez que duas equipas francesas coincidem nesta fase da prova.
O Leipzig, rival dos parisienses, é um emblema com apenas 11 anos de história e que está pela primeira vez numa fase tão avançada das competições europeias, depois de ter ‘caído’ nos quartos de final da Liga Europa de 2017/18, época em que se estreou na ‘Champions’.
O cruzamento perfeito entre nações nas ‘meias’ só ocorreu uma vez, em 2013, então com confrontos entre Alemanha e Espanha (Bayern-FC Barcelona e Borussia Dortmund-Real Madrid). Na altura, avançaram as duas equipas alemãs e, na final, ganhou o Bayern (2-1).
Essa foi a única final entre equipas alemãs na competição, que já foi decidida em sete ocasiões em embates entre clubes do mesmo país (Espanha três vezes, Inglaterra duas, Itália uma e Alemanha outra), a última das quais na época passada com o duelo entre Liverpool e Tottenham.
Entre os treinadores, o francês Rudi Garcia, do Lyon, é a exceção no domínio alemão, uma vez que Hans Dieter Flick dirige o Bayern, Julian Nagelsmann orienta o Leipzig e Thomas Tuchel é o ‘timoneiro’ do Paris Saint-Germain.
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