Uma competição amiga do ambiente. Este é o foco da Liga MEO Surf, edição 2018, competição que atribui os títulos nacionais de surf e que foi apresentada esta quinta-feira, em Lisboa.

"Nós, enquanto surfistas, temos a responsabilidade e o dever de sermos os guardiões daquele que é o nosso principal recurso, o mar. Através da Liga MEO Surf temos um palco para pôr em prática algumas das ideias que realmente gostávamos de ver realizadas para a defesa dos oceanos", explica José Ferreira, vice-campeão nacional de 2016, que este ano, embora não descarte o lado competitivo, estará mais focado na sustentabilidade ambiental, sendo “embaixador” da causa também abraçada pela Fundação PT e no lado social, através do seu projeto pessoal Wave by Wave.

As atividades de limpeza das praias e dos oceanos decorrem nos locais por onde passam as cinco etapas: Figueira da Foz, Ericeira, Porto/Matosinhos, Praia Grande e Carcavelos/Guincho.

“Queremos a sustentabilidade das ondas e das praias de Portugal", defendeu Francisco Rodrigues, presidente da Associação Nacional de Surfistas”, que assume que a Liga quer ser “o braço armado dos municípios”, seja na “limpeza das arribas” ou “ir às escolas em ações de sensibilização”. Mas o presidente da ANS quer ir mais longe com “iniciativas no domínio da responsabilidade do surf com a sociedade, num plano de reinserção de crianças institucionalizadas”, sustentou, relembrando ainda que vão este ano desenvolver ainda ações paralelas de formação (treinadores e juízes).

No plano competitivo, o presidente da ANS afirmou querer em competição os “melhores surfistas”. Vasco Ribeiro e Carol Henriques, campeões nacionais de 2017 e Frederico Morais “Kikas”, surfista que faz parte do circuito mundial de surf, que não puderam estar presentes no evento, deixaram testemunhos gravados sobre a prova em si, elogiando o desenho do calendário nacional que lhes permite competir nas competições internacionais (WQS e WCT).

Santiago Graça, de 13 anos, um dos mais jovens talentos nacionais dentro de água, espera “continuar esta aprendizagem” proporcionada pelo campeonato nacional. “É vê-los surfar e tentar imitar”, reconheceu.

Com a garantia de atribuição ao campeão nacional de um wildcard para o MEO Rip Curl Pro, em Peniche, prova do circuito mundial de surf, a Liga MEO Surf terá “a transmissão integral em televisão” de todas as cinco etapas “através do canal de TV, o MCS Extreme (canal de action sports do grupo Altice)”, garantiu Francisco Rodrigues.

Relativamente a prémios, este ano a organização “optou por manter o mesmo valor global de 90 mil euros”, esclareceu. Esse valor será distribuído entre a competição principal e os troféus paralelos, nomeadamente, a Allianz Triple Crown (4ª edição com um cheque anual de 6 mil euros), repartido entre vencedor masculino e feminino. Paralelamente a melhor manobra Renault Expression Session e a Somersby Onda do Outro Mundo serão premiadas com 2500 euros cada.

“O troféu do campeão nacional será feito a partir dos resíduos recolhidos nas praias”, sublinhou Francisco Rodrigues, presidente da Associação Nacional de Surfistas.

Tal como a edição passada, os Municípios da Figueira da Foz, Mafra, Sintra e Cascais continuam a recompensar os melhores surfistas locais com 1500 euros (entre masculino e feminino) e as MOCHE Groms Cup, iniciativa da Federação Portuguesa de Surf e da Associação Nacional de Surfistas, atribuem uma bolsa desportiva global de 2500 euros.

Calendário da Liga MEO Surf para 2018:

  • 1ª etapa - 9 a 11 de Março – Allianz Figueira Pro
  • 2ª etapa - 13 a 15 de Abril – Allianz Ericeira Pro
  • 3ª etapa - 4 a 6 de Maio – Renault Porto Pro
  • 4ª etapa - 6 a 8 de Julho – Allianz Sintra Pro
  • 5ª etapa - 4 a 6 de Outubro – Bom Petisco Cascais Pro