Doha vai acolher os duelos pelo cetro mundial, que será disputado pelos seis representantes de cada uma das confederações mundiais de futebol – Liverpool (UEFA), Flamengo (CONMEBOL), Al-Hilal (AFC), Espérance de Tunis (CAF), Monterrey (CONCACAF) e Hienghène Sport (OFC) -, além do anfitrião Al-Sadd.
Nas meias-finais, agendadas para 17 e 18 de dezembro, estão automaticamente garantidos Liverpool e Flamengo, as duas principais ‘forças’ deste Mundial de clubes, após terem erguido os troféus máximos da Europa e da América do Sul, sendo apontados como os grandes candidatos a disputar a decisão da prova.
Os ‘reds’, vencedores da última Liga dos Campeões, perante o Tottenham, e com uma cada vez mais consolidada liderança na ‘Premier League’, continuam em busca do primeiro cetro ‘mundial’, que lhes escapou por três vezes, a primeira das quais precisamente para o Flamengo, em 1981 (3-0), na altura ainda sob o formato de Taça Intercontinental.
O conjunto inglês voltaria a perder em 1984, para os argentinos do Independiente, e em 2005, para os brasileiros do São Paulo, ambos pelo mesmo resultado (1-0).
Já o Flamengo, chega ao Qatar envolto numa ‘aura’ positiva, apesar da goleada por 4-0 sofrida no reduto do Santos, que acabou com uma série de 29 encontros consecutivos sem perder em todas as provas (24 vitórias e cinco empates), para a qual muito contribuiu o treinador português Jorge Jesus.
Em pouco menos de quatro meses à frente da equipa, o ex-técnico de Benfica e Sporting levou a formação do Rio de Janeiro à conquista do campeonato brasileiro, que não vencia desde 2009, e da Taça Libertadores, que escapava há 38 anos.
O triunfo na ‘Copa’ Libertadores, numa final ‘dramática’ com o River Plate (2-1), permitiu ao ‘Fla’ a presença no Mundial de clubes, prova na qual os cariocas apenas participaram uma vez, triunfando na já referida final com o Liverpool, no início da década de 80.
O Flamengo é, de resto, o único clube presente nesta edição que já venceu a prova intercontinental.
A taça nunca ‘fugiu’ a europeus e sul americanos, mas, em 2016, os nipónicos do Kashima Antlers estiveram muito perto do ‘escândalo’, ao chegarem à final e caírem apenas face ao Real Madrid no prolongamento (4-2).
No ano passado, os ‘merengues’ venceram a prova pela sétima vez e tornaram-se o primeiro clube a levantar o troféu em três épocas seguidas, ao baterem na final o Al Ain (4-1). Foi também a quinta vitória seguida para a Espanha e a 11.ª nas últimas 12 edições para a Europa – a exceção foi o Corinthians, em 2012.
O Mundial de clubes, cujo atual formato será alterado a partir de 2021, inicia-se na quarta-feira, com a disputa do ‘play-off’ entre o Al-Sadd e o estreante Hienghène Sport. O vencedor desta partida vai jogar com os mexicanos do Monterrey, na ronda seguinte, que já tem marcado o confronto entre os sauditas do Al-Hilal e os tunisinos do Espérance de Tunis.
O Flamengo estreia-se em 17 de dezembro, na primeira meia-final, diante de Al-Hilal ou Espérance de Tunis, enquanto, no dia seguinte, o Liverpool terá pela frente Monterrey, Al-Sadd ou Hienghène Sport.
A final do Mundial de clubes e o jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares estão agendados para 21 de dezembro.
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