O presidente da Associação de Futebol de Évora (AFE), António Pereira, indicou à agência Lusa que apenas dois dos 13 jogos dos dois campeonatos distritais, todos realizados durante a tarde de hoje, contaram com equipas de arbitragem.
“Falei com os dirigentes dos clubes, eles organizaram-se, encontraram árbitros de recurso e realizaram-se todos os jogos”, referiu, explicando que os juízes alternativos foram escolhidos previamente ou na assistência dos encontros.
Quanto aos jogos dos campeonatos distritais do futebol de formação, António Pereira adiantou que “a maioria [das partidas] fez-se com árbitros que não pediram dispensa” e os restantes também com juízes de recurso.
O presidente da AFE frisou que “a associação tem o dinheiro para pagar aos árbitros” e que já foram liquidados os honorários referentes ao mês de novembro a 88 juízes, assinalando que os restantes não receberam porque “não entregaram os respetivos documentos de quitação”.
Os árbitros apresentaram, na semana passada, “as licenças por tempo indeterminado”, com início na última terça-feira, como forma de protesto contra o atraso do pagamento de honorários, segundo disse anteriormente à Lusa o juiz internacional Luís Godinho.
O também presidente do Núcleo de Árbitros de Futebol da Zona dos Mármores, Jorge Pombo, disse, na altura, que os juízes tinham em atraso o pagamento dos honorários dos jogos referentes a novembro e alguns também os setembro e outubro do ano passado.
“Os árbitros para apitarem jogos nas competições distritais colocam dinheiro dos seus orçamentos familiares para combustível e refeições”, alertou o árbitro internacional Luís Godinho, presidente de um dos três núcleos do distrito de Évora, referindo que, quando se acumula dois ou três meses de honorários em atraso, “há árbitros que sentem”.
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