“Em princípio, ele deve jogar. A atenção que se tem gerado sobre ele pode pesar num jogador, mas é normal. O Bruno tem qualidade para pôr tudo de lado e jogar o jogo, como fez na pré-época. Tenho visto o mesmo Bruno Fernandes de sempre. Claro que há muito para pensar, mas para qualquer jogador na sua posição seria o mesmo”, disse Marcel Keizer.

O técnico falava na conferência de imprensa de antevisão da partida, no Estádio Algarve, depois de os 19 jogadores convocados pelo holandês terem realizado o treino de ambientação ao relvado.

O treinador dos ‘leões’ afirmou ainda que Bruno Fernandes pode jogar em várias posições, mas que o melhor lugar para expressar o seu futebol é na chamada posição ’10’, dando-lhe plena liberdade.

“No ano passado, jogou a ’10’, acho que é a sua melhor posição, onde tem liberdade para jogar e para colocar a sua energia em jogo. Como treinador, temos de lhe dar essa liberdade de colocar a sua energia em jogo e não limitá-lo numa só posição. Ele sabe o que tem de fazer”, assegurou Keizer.

O treinador holandês garantiu que a ‘sombra’ da possível saída do internacional português não afeta a equipa.

“Espero, todos esperamos, que ele continue. A possibilidade [de ele sair] existe sempre até final do mercado de transferências. Mas isso não nos dá qualquer motivação especial por poder ser o último jogo. Jogamos e logo veremos. Não pensamos nisso”, afirmou.

Marcel Keizer salientou que a equipa “está bem”, admitindo, porém, que o Sporting tem tido “algumas dificuldades” na pré-época em ganhar o habitual ritmo competitivo.

“Uma equipa, normalmente, está mais forte no final da época do que está hoje. Temos de continuar a trabalhar e usar a pré-época para nos tornarmos melhores do que no ano passado”, sublinhou, garantindo que não há “segredos” entre as duas equipas.

Apesar de ter o pleno conquistado em finais – o Sporting conquistou a Taça da Liga e a Taça de Portugal sob o seu comando -, o treinador holandês disse não sentir qualquer confiança extra, nem que a sua equipa seja melhor em jogos de taças.

“Não creio que sejamos assim mais fortes nos jogos de taça. Os resultados foram esses, mas [no campeonato] foi quase o mesmo [em termos de exibições]. Tivemos dois jogos de taças muito bons, mas isso não significa que somos melhores nas taças do que no campeonato. No campeonato, a consistência foi um problema e temos de melhorar isso”, finalizou Keizer.