Após ter realizado 23 partidas na primeira temporada (2017/18) ao serviço dos ‘verde rubros', com um golo apontado, o jogador, de 29 anos, jogou apenas três vezes em 2018/19 e rescinde agora o contrato, que o vinculava ao clube até junho de 2019.

“Em primeiro lugar, quero agradecer a todos por este ano e meio que passei no Marítimo. Foi um processo de aprendizagem muito importante na minha vida conhecer este clube por dentro. Quando chegas a uma casa destas e vives essa realidade por dentro, tornas-te maritimista de alma e coração", referiu, em declarações exclusivas ao sítio oficial do Marítimo.

Ibson chegou ao Marítimo no verão de 2017, proveniente dos cipriotas do Ermis Aradippou, e não esquece as pessoas que o ajudaram nos tempos vividos na Madeira.

"Nesta altura quero agradecer a todos pela oportunidade que me deram, nomeadamente ao presidente, Carlos Pereira, que esteve sempre ao lado do grupo e foi sempre honesto connosco. Esta é uma altura difícil para o clube e ele tem de tomar decisões que temos de apoiar e respeitar porque no pensamento dele está sempre o bem do clube”, disse, agradecendo também “aos adeptos e a todo o grupo de trabalho".

O extremo admitiu que nunca esteve num "grupo tão unido" como o que encontrou no Marítimo e que o "futuro só reserva coisas boas".

A menos de uma semana do começo de um novo ano, o desejo é que o emblema madeirense consiga reverter a atual situação, numa altura em que soma 14 jogos sem vencer.

"Quero desejar a todos um 2019 cheio de felicidades e que continuem do lado da equipa para que consigamos todos juntos sair desta situação. O Marítimo merece estar sempre no primeiro terço do campeonato a lutar pelos lugares europeus", destacou.

Ibson é a segunda saída do Marítimo anunciada hoje, depois de o internacional português Danny também ter rescindido contrato com o clube ‘verde rubro'.

Danny deixa Marítimo “triste”, mas agradece a todos pelo carinho recebido

O médio internacional português Danny rescindiu contrato com o Marítimo. O camisola 10 dos maritimistas disse na despedida estar "triste" por não ter podido ajudar a equipa da melhor maneira, mas agradeceu por todo o "carinho e estima" recebidos nos meses em que voltou à Madeira.

De regresso ao futebol português e ao Marítimo, Danny envergou a braçadeira de capitão e realizou 16 jogos em 2018/19 (13 na I Liga, dois na Taça da Liga e um na Taça de Portugal).

“Sinto-me triste porque não consegui ajudar a equipa e os meus colegas, como tanto idealizei, para fazer o grupo crescer para um nível alto, como, felizmente, estive habituado ao longo da minha carreira. Não me sentia feliz porque, no final de cada jogo, sentia que não tinha sido um bom jogo, apesar de toda a disponibilidade que mostrei sempre em campo", disse, em declarações proferidas ao sítio oficial do clube insular.

Danny considerou que foi o momento certo para terminar o contrato com o Marítimo e revelou que não queria ser um incómodo.

“Sempre quis fazer parte da solução e nunca do problema. Pesando tudo isto, senti que era a altura ideal para parar, refletir e passar os próximos tempos com a minha família, que tanto precisa de mim", afirmou.

O antigo capitão dos ‘verde rubros' considera importante "continuar a apoiar a equipa", acredita que a situação do clube, que não vence há 14 jogos, vai melhorar e que 2019 irá trazer "coisas boas".

Mesmo com um regresso que não decorreu de acordo com os seus planos, o balanço é positivo.

"Os últimos cinco meses foram, apesar de tudo, muito positivos porque permitiram-me regressar a casa, ao grande Marítimo, e esse será sempre, para mim, um motivo de grande orgulho", afirmou.

Danny deixou ainda uma mensagem de agradecimento na despedida a todos com quem conviveu nos últimos meses.

"Queria agradecer ao presidente, pela confiança depositada em mim, aos jogadores com quem partilhei o balneário e à massa associativa, que sempre me tratou com grande carinho e estima. Espero que compreendam a minha decisão, tomei-a a pensar no melhor para o clube e para a equipa", concluiu.

Após ter feito formação no Marítimo e estreado no plantel principal dos ‘verde rubros’, em 2001/02, Danny rumou ao Sporting, mas acabou por voltar, por empréstimo, aos insulares por época e meia.

O médio ofensivo esteve, depois, 13 anos no estrangeiro, 12 dos quais na Rússia, ao serviço do Dínamo de Moscovo, entre 2005 e 2008, e do Zenit, entre 2008 e 2017, e ainda uma temporada (2017/18) nos checos do Slavia de Praga.

Danny representou também a seleção principal portuguesa por 38 vezes, tendo apontado quatro golos, e participado no Mundial de 2010, na África do Sul.