Depois assegurar o terceiro lugar na classificação final de pilotos em Moto2, ao conquistar em Sepang, na Malásia, o seu segundo triunfo seguido, uma semana depois de vencer pela primeira vez na classe intermédia, na Austrália, Miguel Oliveira regressou cansado, mas contente, a Lisboa.
“O objetivo é continuar nesta linha de trabalho e se nos levar à vitória ainda melhor. Já realizámos muitos testes em Valência e a mota porta-se muito bem. Gostava de acabar o campeonato em grande, com uma outra vitória", disse o piloto da KTM.
À chegada ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde foi recebido por familiares e amigos, Miguel Oliveira falou também da época de 2018, perspetivando que "vai ser muito competitiva" e que será preciso "manter os pés assentes na terra para lutar pelo campeonato".
“A mota não é melhor do que as outras, mas temos levado muito tempo para afinar, por ser uma mota nova. Não temos nenhuma referência quando chegamos aos circuitos para as afinações e isso é algo que estamos a recolher agora. Para o ano que vem, podermos chegar e pelo menos ser mais consistentes durante os fins de semanas", explicou.
Ligado à KTM, pelo menos até 2018, o piloto luso já garantiu a terceira posição do Mundial, mas sabe que tem que continuar a trabalhar para prolongar o vínculo com a marca em quem muito confiou.
"A verdade é que acreditei muito no projeto todo da KTM desde início, confiei muito na equipa e sabia que o resultado ia chegar, mas não sabia quando. Trabalhámos muito durante toda a época e o trabalho esta a dar os seus frutos. Acho que se continuar nesta linha de trabalho até 2018, farei um bom contrato até 2019. Gostava de fazê-lo com a KTM, mas vamos ver o que o futuro nos reserva", terminou.
Em Sepang, Miguel Oliveira dominou praticamente toda a prova, estabelecendo ainda o recorde de volta mais rápida em corrida, em 2.06,952 minutos, na oitava volta do Grande Prémio da Malásia, afetado pela chuva nas últimas quatro voltas.
Após 17 das 18 provas do Mundial, Oliveira, que subiu pela oitava vez ao pódio na categoria - além dos dois triunfos, conta dois segundos lugares e quatro terceiros -, já garantiu o terceiro lugar final, ao somar 216 pontos, mais 26 do que o espanhol Alex Márquez, quarto colocado.
O italiano Franco Morbidelli, depois de assegurar o seu primeiro título mundial, vai chegar a Valência, palco da última corrida, em 12 de novembro, com 288 pontos, mais 45 do que o suíço Thomas Luthi (Kalex), que será o segundo classificado.
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