O avançado brasileiro de 30 anos, que alinha agora no Paris Saint-Germain, respondia em Tribunal por alegada corrupção e fraude na sua transferência do Santos para o FC Barcelona, em 2013, bem como o seu pai e empresário, Neymar da Silva.

O Ministério Público retirou “a acusação contra todos os arguidos e por todos os factos” de que são acusados, após ter pedido inicialmente dois anos de prisão e uma multa de 10 milhões de euros contra o futebolista brasileiro.

A justificação do promotor Luis Garcia para esta decisão é que as acusações “não foram baseadas em evidências”, mas “em presunções” e que o caso se enquadrava na justiça civil e não na criminal.

Numa breve audiência em 18 de outubro num tribunal de Barcelona, Neymar afirmou que os documentos que assinou na altura foram disponibilizados pelo seu pai, o responsável da sua carreira, e que ele se limitou a assinar o que este lhe pediu.

Além dos dois elementos da família Neymar, também Sandro Rosell e Josep María Bartomeu, dois antigos presidentes do FC Barcelona, e Odilio Rodrigues Filho, antigo treinador do Santos, viram retiradas as acusações de corrupção.

A decisão tomada hoje pelo Ministério Público espanhol constitui uma inversão no processo, uma vez que a justiça espanhola pedia inicialmente dois anos de prisão e uma multa de 10 milhões de euros contra o futebolista brasileiro.

O Ministério Público defendia que a contratação de Neymar teve um custo total de 83 milhões de euros e não dos 57 milhões que foram declarados, tendo o restante sido escondido numa combinação entre os dirigentes do FC Barcelona da altura e do Santos.

A empresa brasileira de investimentos DIS, que detinha 40 por cento dos direitos económicos do jogador quando jogava pelo Santos, levou o caso à justiça em 2015, alegando ter sido prejudicada no negócio, pedindo uma indemnização de 35 milhões euros, o valor real que diz devia ter recebido.

A DIS “tem o direito de pensar que a transferência de Neymar deveria trazer-lhe um benefício maior, mas errou de jurisdição”, assegurou ainda o promotor Luis García.

Esta inversão destaca diferenças de opinião dentro do Ministério Público espanhol sobre este processo complexo, originalmente investigado por promotores de Madrid e posteriormente enviado para Barcelona.

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