“Foi um dia duro, esperava estar mais forte, mais rápido. Não tive muita aderência, porque a pista também estava um pouco escorregadia. À tarde, tal como em abril, tentei pneus duros, mas hoje mantiveram-se frios, as condições estavam um pouco diferentes. Vou tentar melhorar e estar mais rápido”, afirmou o nove vezes campeão do mundo, em conferência de imprensa.

Rossi, de 42 anos, que cumpre a penúltima prova da carreira na categoria ‘rainha’ de motociclismo de velocidade, não foi além do 21.º e penúltimo tempo dos treinos livres de hoje, com o registo de 01.14,174 minutos, mais 1,784 segundos do que o francês Fabio Quartararo (Yamaha), que já assegurou a conquista do título mundial.

Confrontado com a presença do australiano Casey Stoner, campeão do mundo em 2007 e 2011, no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, numa das suas raras presenças no ‘paddock’ da categoria ‘rainha’ do motociclismo de velocidade, ‘Il Dottore’ demonstrou alguma nostalgia.

“Gostei muito das batalhas com o Stoner. Foram difíceis, ele tinha um talento incrível e era muito, muito rápido, foi um rival muito forte. Lutámos pelo campeonato, às vezes ele ganhou, outras ganhei eu. Era muito estimulante, até porque tínhamos motas diferentes, eu com a Yamaha e ele com a Ducati. Quero vê-lo este fim de semana”, referiu Rossi.

Hoje, em conferência de imprensa, à margem da 17.ª prova do Mundial de MotoGP, Stoner admitiu que gostava de ver o ex-rival terminar no topo uma carreira recheada de títulos.

Rossi ocupa o 21.º lugar do Mundial de pilotos, com 35 pontos, tendo subido pela última vez ao pódio em 26 de julho de 2020, quando terminou em terceiro o Grande Prémio da Andaluzia, em Jerez de la Frontera, enquanto a última vitória ocorreu em Assen, nos Países Baixos, em 25 de junho de 2017.

O italiano, sete vezes campeão da principal categoria (um em 500cc e seis em MotoGP), uma em 250cc e outra em 125cc, é o ‘rei’ das corridas portuguesas motociclismo de velocidade, somando cinco triunfos no autódromo do Estoril, em 2001, 2002, 2003, 2004 e 2007.

O Grande Prémio do Algarve, a disputar no domingo, vai ser a 17.ª corrida portuguesa, a segunda do ano, juntando-se às 16 edições do Grande Prémio de Portugal, que foi disputado entre 2000 e 2012, no autódromo do Estoril, em 1987, no circuito de Jarama, em Espanha, e em 2020 e 2021, em Portimão.

O Mundial termina em 14 de novembro, em Valência.

JP // AJO

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