O quarto dia de futebol no Mundial traz assim sinal bem positivo para a Espanha, que está mesmo ao seu melhor nível, enquanto o sinal negativo tem de ir para outra histórica do futebol, a Alemanha, pela primeira vez a perder com os nipónicos, o que deixa o seu apuramento para a fase seguinte muito complicado.

Sinal 'neutro' para a Bélgica, que sofreu a bom sofrer para ganhar ao voluntarioso Canadá, e para a Croácia, vice-campeã mundial, que terminou com 'nulo' o jogo contra Marrocos.

A derrota da Alemanha, um dia depois do fracasso da Argentina frente à Arábia Saudita, é uma das imagens fortes do dia, mas também o é o facto da 'Nationalmannschaft' se ter apresentado em campo com as mãos a tapar a boca, quando se perfilou antes do primeiro jogo do grupo E.

Os 11 futebolistas escolhidos para alinhar de início perfilaram-se junto aos fotógrafos para a habitual fotografia antes do início da partida, mas com a particularidade de todos taparem a boca.

Sete seleções europeias, entre quais a da Alemanha, pretendiam utilizar no Mundial2022 uma braçadeira de capitão com a inscrição ‘One Love’ (um amor), em alusão à igualdade, mas a FIFA proibiu essa utilização, ameaçando com sanções.

Mesmo sem desrespeitar de forma aberta as diretrizes da FIFA, a contestação à discriminação LGBTQ+ existente no Qatar continua, com a ministra do Interior da Alemanha, presente nas bancadas, a usar a braçadeira da discórdia, com 'One Love' em fundo de arco-íris.

No relvado do estádio Khalifa, as coisas não correram pelo melhor para os alemães, que certamente não contavam com esta derrota, que os colocam desde já pressionados para o segundo jogo.

Ilkay Gündogan abriu, de grande penalidade, o marcador, aos 33 minutos, dando vantagem à Alemanha. Não chegou, já que os nipónicos chegaram ao golo aos 75 minutos, com Ritsu Doan, e aos 83, com Takuma Asano.

Passar da primeira fase começa a ser muito complicado para a Alemanha, já que o outro jogo do grupo mostrou debilidades da Costa Rica, já candidata clara ao último lugar, e a força da Espanha, que, se vencer os germânicos, no domingo, terminará certamente com a carreira de um dos candidatos, de forma prematura.

Para quem 'passeou' pela fase de qualificação, com nove vitórias em dez possíveis e 36 golos marcados, o 'pesadelo' começa a tomar forma.

Para a Espanha, o momento é de festa - consegue o resultado mais desnivelado até ao momento, em que se foram contando golos para todos os gostos.

Gavi, aos 18 anos e 110 dias, passa a ser o terceiro mais jovem de sempre a marcar em fases finais, mas também celebraram ante os desconsolados 'ticos' Dani Olmo, Marco Asensio, Ferran Torres (duas vezes), Carlos Soler e Álvaro Morata.

A 'Roja', de Luís Enrique, é evidentemente a mais forte do grupo E, que comanda com três pontos, tantos quantos tem o Japão, só que com muito melhor saldo de golos.

Para o grupo F, a tónica do primeiro dia parece ser, mesmo, o equilíbrio, uma realidade inesperada, já que se esperava muito menos do Canadá, de Steven Vitória e Eustáquio.

Muito tempo ausentes de fases finais, os canadianos só perderam por 1-0 com a Bélgica e deram muito trabalho ao adversário.

Batshuayi marcou o golo, aos 44 minutos, já depois de Thibaut Courtois ter 'safado' um penálti, mal rematado por Alphonso Davies.

Na segunda parte, o Canadá fez um jogo de grande pundonor e mostrou confiança, pelo que sai derrotado, mas com confiança em fazer melhor contra os outros dois adversários do grupo.

Esses adversários, Croácia e Marrocos, defrontaram-se hoje e o 'nulo' final não confirma nada o esperado ascendente dos balcânicos, vice-campeões há quatro anos, atrás da França.

O Mundial fecha na quinta-feira a primeira ronda da fase de grupos, com a entrada em cena dos últimos 'pesos pesados', Brasil e Portugal.

Os lusos, que treinaram sem limitações na véspera da partida, são favoritos face ao Gana, assim como os 'canarinhos' não esperam problemas no jogo que terão contra a Suíça.

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