Os responsáveis pelo documento, hoje divulgado, calcularam mesmo o efeito numa década: entre 60 e 100 mil milhões de euros de perdas, em termos de direitos de transmissão audiovisual, outras receitas comerciais e em dias de jogo, além do impacto negativo indireto de perda de qualidade dos espetáculos desportivos, saturação dos adeptos, dias de descanso dos atletas e racionalidade dos calendários.
O relatório especifica que os efeitos nefastos de Mundiais de dois em dois anos em 40 ligas profissionais no universo da UEFA ascenderiam a 8.453 milhões de euros, mais 750 milhões relativos às diversas seleções nacionais e outros 9.203 milhões no universo total dos campeonatos profissionais em toda a Europa, além de cerca de 37 milhões no futebol feminino.
A FIFA tem levado a cabo estudos e consultas com diversos parceiros sobre estas alterações na organização dos Mundiais, tendo convocado uma cimeira global para 20 de dezembro com o objetivo de analisar possíveis mudanças dos calendários competitivos, designadamente a possibilidade de concentrar num único mês a qualificação para o torneio final das seleções dos vários continentes.
Tais mexidas só seriam feitas após o Mundial de 2026, a ser organizado conjuntamente por Estados Unidos, Canadá e México, já depois do próximo, Qatar2022, agendado para novembro e dezembro naquele emirado árabe do Médio Oriente.
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