"Não escondo que foi dos jogos mais sofridos que tive na minha vida em termos de europeus e mundiais", desabafou, em Moscovo, à saída do teatro Bolshoi.
Ainda assim, deu uma "nota obviamente positiva" ao conjunto de Fernando Santos: "Ter ganhado um jogo difícil e estar a um passo da qualificação é importante. Obviamente, podemos jogar melhor no jogo com o Irão".
Na equipa das ‘quinas’ destacou Cristiano Ronaldo - "o melhor do mundo tem marcado em todos os jogos" - e Rui Patrício, lembrando que uma defesa do guarda-redes na segunda parte "pode ter valido o resultado, a vitória".
"Metemos o golo cedo e, tal como aconteceu com Espanha, o grande risco de marcar cedo é o de recuar. E Marrocos cavalgou, cavalgou, tinha muito publico a apoiar", constatou.
Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que "a vitória foi uma grande alegria depois de um grande sofrimento" frente a uma equipa "que nada tinha a perder".
Agora o foco do estadista já está em segunda-feira, quando Portugal defrontar o Irão, comandado por Carlos Queiroz, em Saransk, onde as duas equipas vão discutir o apuramento para os oitavos de final.
"Isto para dizer que temos de jogar para ganhar, não para empatar, embora o empate possa chegar", disse.
O presidente assume que "o melhor seria passar em primeiro" e admite que, qualificando-se, o adversário seguinte, Rússia ou Uruguai, será sempre "difícil".
"Não escondo que são dois adversários difíceis. A Rússia está a jogar bem e compete em casa?", completou.
O presidente garante que num Mundial não há equipas acessíveis, um dos motivos pelos quais tem havido resultados inesperados.
"Há muitas surpresas e não há equipas fracas, essa é uma grande lição. As teoricamente fortes com dificuldades com as fracas, que estão a ser muito melhores do que se esperava. As consideradas muito fortes acabam por se ir poupando e terem dificuldade em se adaptar às surpresas. É um campeonato muito difícil", concluiu.
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