“Acho bem que se tenha suspenso o encontro. Fez-se o correto, não valia a pena, face ao que se passa nestes lugares, onde se mata tanta gente. Somo ser humano, não se pode aceitar de forma alguma. As famílias dos jogadores estavam a sofrer por causa das ameaças”, declarou Moyano, à Radio 10, ainda que a AFA não tenha confirmado oficialmente a suspensão.
Várias organizações na Argentina e em Espanha, onde a seleção sul-americana tem estado a treinar, manifestaram-se contra a realização da partida.
Antes da notícia ser conhecida, a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, apelou à separação entre desporto e política, e explicou que o jogo “não pode ofender os palestinianos”, uma vez que aquele governo “reconhece o Estado palestiniano”.
À agência noticiosa EFE, a diretora internacional da Associação de Futebol da Palestina, Susan Shalabi, agradeceu o cancelamento do jogo, afirmando que a seleção da Argentina decidiu “não ser convertida em ferramenta política”.
Para Shalabi, este é um “bom exemplo de separação de política e desporto”, sendo que o jogo, previsto inicialmente para ser disputado em Haifa, foi mudado de local para Jerusalém.
A ministra israelita do Desporto e Cultura, Miri Reguev, assegurou a mudança com vista a uma visita da Argentina à Cidade Velha e queria que Lionel Messi beijasse o Muro das Lamentações, na parte ocupada da cidade, mas Shalabi considerou que a decisão pretendia “branquear a ocupação israelita” sobre o Estado palestiniano.
A dirigente palestiniana tinha anunciado a intenção de iniciar uma campanha contra a possível organização do Mundial2030 pela Argentina e recordou a decisão “muito grave” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em transferir a embaixada norte-americana de Telavive para Jerusalém.
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