Maria Siderot (-48kg) e Joana Diogo (-48kg) venceram o primeiro combate nos tatamis de Paris, mas não conseguiram ganhar na segunda ronda, enquanto David Reis (-66kg) perdeu logo à primeira.
"É óbvio que eu já sonho com os Jogos Olímpicos e acho que não é muito longe nem é muito perto. Penso que, a par e passo, os resultados hão de chegar e depois em 2018, 2019 logo se vê", disse David Reis.
A estrear-se numa grande competição de seniores, o judoca do Sporting perdeu contra o esloveno Adrian Gomboc no primeiro combate, considerando que não esteve "assim tão longe" da vitória, porque lhe "faltou um pouco acreditar e nas próximas competições o pouco que faltou já não vai faltar".
"Estas provas de seniores vão-me ajudar a ganhar bagagem para as provas de juniores, que é o meu grande objetivo. Tenho o Europeu em setembro e o Mundial em outubro e estão aí algumas taças da Europa. Espero trazer medalhas e apurar-me para os cabeças-de-série no Europeu e no Mundial", indicou o jovem atleta de 19 anos.
Maria Siderot (-48kg), 19 anos, também participou pela primeira vez no ‘Grand Slam’ de Paris e promete ter uma temporada "bastante cheia", porque vai tentar participar no Europeu e no Mundial nas categorias júnior e sénior.
Hoje, a judoca do Sporting ganhou no primeiro combate contra a tunisina Olfa Saoudi, por ‘ippon’ no ‘ponto de ouro’ - ou seja, depois do tempo regulamentar - e também conseguiu prolongar, sem vencer, o combate com a vice-campeã olímpica e quarta mundial da categoria, a sul-coreana Bokyeong Jeong.
"Estou contente, ainda estou no primeiro ano de sénior. Não foi mau perder com a vice-campeã olímpica no ‘ponto de ouro’, foi um combate até seis minutos e meio ou sete. Estou feliz, agora quero continuar. A próxima prova é Dusseldorf [Alemanha], vou tentar treinar muito bem, aproveitar o estágio aqui em Paris e depois siga para o próximo desafio", indicou a atleta.
Maria Siderot considerou que "não faltou muito" e que "podia trazer medalha", tendo ido para a prova "tranquila e sem nenhuma pressão", mesmo sabendo que o ‘Grand Slam’ de Paris reúne "as melhores do mundo".
Joana Diogo (-48kg), de 21 anos, também participou pela primeira vez no ‘Grand Slam’ de Paris e disse que o "objetivo final" é Tóquio2020, ainda que, para já, queira garantir os mínimos para o Europeu e Mundial e "quanto mais alto, melhor, porque depois nas competições interessa ser cabeça de série".
"É o meu primeiro Grand Slam e acho que todos queremos poder participar numa competição tão grande e mítica como é Paris. Eu ganhei o primeiro combate e, curiosamente, acho que foi o meu primeiro combate que ganhei por estrangulamento, mas pronto, consegui ganhar pelo menos o primeiro combate. Já é uma vitória, é um começo para preparar um circuito olímpico que quero concretizar", indicou a atleta do Judo Clube de Coimbra.
Joana Diogo ganhou o primeiro combate contra a marroquina Aziza Chakir graças a um ippon, imobilizando a sua adversária, mas não conseguiu bater a espanhola Julia Figueroa.
Ainda nos tatamis do AccorHotels Arena de Bercy, estiveram hoje Sergiu Oleinic que alcançou o sétimo lugar e Jorge Fernandes conquistou o nono lugar, o seu melhor resultado em Paris.
Sergiu Oleinic (-66kg) bateu o turco Sinan Sandal à segunda ronda - para a qual estava apurado automaticamente por ser cabeça-de-série - depois venceu o saudita Sulaiman Hamad, tendo perdido nos quartos de final contra o canadiano Antoine Bouchard e nas repescagens contra o georgiano Vazha Margvelashviki.
Jorge Fernandes (-73kg) chegou à terceira ronda, depois de dois combates ganhos contra o chinês Ling Hon Tang e o georgiano Phridon Gigani e um perdido contra o vice-campeão olímpico azeri Rustam Orujov.
Leandra Freitas (-52), de 29 anos, venceu o primeiro combate contra a francesa Caroline Marcus Tabellion, mas perdeu contra a norte-americana Angelica Delgado.
Este domingo, vão subir ao tatami, Diogo Lima (-81kg) e Jorge Fonseca (-100kg), o qual vai defrontar o primeiro cabeça-de-série da sua categoria e vice-campeão olímpico, o azeri Elmar Gasimov.
O torneio decorre sem Telma Monteiro (-57kg), medalha de bronze nos Jogos Olímpicos Rio2016, que, a 17 de outubro de 2015, conquistou a medalha de ouro no Grand Slam de Paris, nem Célio Dias que, também em Paris conseguiu o bronze para Portugal a 18 de outubro de 2015.
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