Roger Federer, atual número 3 do ranking mundial, vencedor em 2017 e 2018 em Melbourne Park, torneio onde se estreou em 2000 e venceu por seis vezes, soma 20 títulos nos Grand Slam (Open de Austrália, Roland Garros, Wimbledon e Open dos EUA) e arranca para 2019 em busca do 100º título na carreira.
“99 já é um número incrível. Estou tão perto. Qualquer torneio que vá as pessoas podem falar sobre isso. Tento não olhar tão à frente”, sublinhou Federer, tenista suíço de 37 anos, durante a cerimónia de abertura do torneio australiano, apontando o sérvio Novac Djokovic, atual número um mundial, como o claro favorito.
O sorteio realizado esta quinta-feira em Melbourne, ditou a Djokovic um tenista vindo da fase de qualificação. O espanhol Rafael Nadal, número 2, defrontará o australiano James Duckworth (238.º) e Federer enfrenta o russo Denis Istomin (99.º).
Como nota de destaque do 107º Open da Austrália e 51º da era Open, Andy Murray, tenista britânico, antigo número 1 mundial, anunciou o fim da carreira devido à lesão na anca e terá como adversário o espanhol Roberto Bautista Agut.
Na competição feminina, a líder do ranking WTA, a romena Simone Halep, enfrenta na ronda inaugural Kaia Kanepi (Estónia). Caroline Wozniacki (3ª), que defende o título, terá no outro lado do court a belga Alison Van Uytvanck (51ª) e a alemã Angelique Kerber (segunda do ranking) defronta a eslovena Polona Hercog (92ª). Serena Williams, sete vezes campeã no Open da Austrália, terá como adversária a alemã Tatjana Maria.
Como nota, Rodney Heath (1905) e Margaret Molesworth (1922) foram os primeiros vencedores da prova australiana. Margaret Court, tenista local, é a rainha do torneio, dominando os courts, com 11 títulos, embora nem todos na era Open (a partir de 1969).
Para o Open da Austrália há dois portugueses garantidos e um (João Domingues) que está a um jogo de entrar pela porta grande. João Sousa (44º) terá pela frente o argentino Guido Pella na ronda inaugural do Open da Austrália, enquanto Pedro Sousa (103º) fará a estreia no quadro principal de um Grand Slam diante o número 1 australiano Alex Di Minaur, 29.º classificado do ranking mundial.
Pedro Sousa, em entrevista ao Eurosport, canal que transmite o primeiro “Grand Slam” da temporada, considerado pelo tenista português como o “melhor”, quando questionado que se lhe fosse dado a escolher que craque gostaria de defrontar foi lapidar. “Federer porque é melhor de todos os tempos...”, disparou.
Depois de Djokovic, Nadal e Federer, quem será o senhor que se segue?
Djokovic, Nadal e Federer. Este é o triunvirato que tem mantido uma guerra a três e que arrecadou 50 dos últimos 60 títulos do Grand Slam.
Emanuel Couto, antigo tenista profissional português olha para a temporada de 2019 e vê que é “altura de renovar”, antevendo dois nomes que podem intrometer-se entre os três que têm dominado o ténis masculino.
“O trio poderá estar perto do fim”, antevê Couto que cita o número 4 da hierarquia mundial, Alexander Zverev, 21 anos, como um outsider pronto a quebrar a elite dominante. O grego Stefanos Tsitsipas (15º), um ano mais novo que o gigante alemão, é outro. “Gosto muito destes dois jogadores, com um ténis potente e moderno”, descreve.
Sobre o que será a carreira destes dois jovens jogadores, antecipa que “muito dificilmente farão uma carreira igual aos três tenistas ao nível da consistência de títulos e de anos no topo”.
Em relação a Federer, embora admita que pode alcançar o centésimo título, “não me parece que o consiga num Grand Slam”, frisou, elogiando, o tenista pela sua disponibilidade “mental”, “forma física” e “disciplina”, numa vida onde cabem “quatro filhos”.
“Portugal pode ter 4 jogadores no top-150. Dois no top-100. Seria muito bom”.
“Portugal poderá ter este ano quatro jogadores no top-150”, acredita. “Dois no top-100”, reforçou. “Seria muito bom”, sublinhou Emanuel Couto.
Descreve João Sousa, que conhece bem e com quem já trabalhou, como “o melhor tenista português de sempre” e que “pode fazer melhor”. Ao vimaranense poderá juntar-se na lista dos 100 melhores Pedro Sousa que na Austrália terá dois adversários: “o público e o tamanho do estádio”, refere.
Num patamar abaixo surgem Gastão Elias, “que chegou a uma meia-final de um challenge” e Frederico Silva. Este último “tem mostrado que pode voltar ao seu melhor”, agora com uma “idade e maturidade” a pesar a seu favor, resumiu o antigo tenista que chegou à 174ª posição do ranking mundial e foi 97º em pares.
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