O jogador, que sofreu uma lesão no braço direito, devido aos estilhaços dos vidros, e teve que ser operado, publicou uma fotografia sua no Instagram, junto da mulher e filha, e lembrou o incidente.

“A dor, o pânico e a incerteza de não saber o que se passava, nem quanto tempo duraria…”, lembrou o defesa, explicando que o choque vai diminuindo e que tem a vontade de “viver, lutar, trabalhar” e voltar aos estádios cheios de pessoas.

O autocarro do Borussia Dortmund foi atacado na terça-feira com três engenhos explosivos, a caminho do estádio para defrontar na Liga dos Campeões o AS Mónaco, que provocaram ferimentos com vidros em Bartra e num polícia motorizado da escolta.

O encontro foi adiado um dia, tendo decorrido na quarta-feira e terminado com a vitória do Mónaco, do treinador Leonardo Jardim, por 3-2, e com o técnico do Dortmund desagradado com a UEFA por ter tratado o caso de forma leviana.

Entretanto, na quinta-feira, o treinador Thomas Tuchel, do Dortmund, onde também joga o português Raphael Guerreiro, revelou que Bartra deverá regressar à competição dentro de um mês.

As autoridades alemãs mantêm aberta a investigação ao ataque, apesar da justiça já ter dito não existir uma ligação entre o ataque e a detenção na quarta-feira de um iraquiano de 26 anos, alegadamente do autoproclamado estado islâmico.

Os alemães não descartam as possibilidades de o ataque estar relacionado a movimentos extremistas de extrema direita ou esquerda radical, nem também de adeptos violentos.

Junto ao autocarro terão sido encontradas mensagens, nas quais a Alemanha era instada a retirar os aviões tornado da coligação que combate na Síria e a fechar a base de Ramstein, mas os especialistas em segurança entendem que nem a linguagem, nem a forma de comunicação, são habituais no jihadistas.