A World Aquatics, a federação internacional de natação, a organização de Paris 2024 e outras autoridades reuniram-se esta madrugada e concluíram que os resultados dos últimos testes da água do Sena eram aceitáveis.
O treino de terça-feira tinha sido cancelado após uma das quatro amostras da água do Sena recolhidas na segunda-feira ter ficado aquém dos padrões no que toca à presença de bactérias presentes em excrementos humanos.
As condições do rio Sena têm sido uma constante dor de cabeça para a organização e atletas, tendo mesmo obrigado ao cancelamento de treinos das provas de natação do triatlo e ao adiamento por um dia da prova masculina.
A estafeta mista da Bélgica falhou a prova após a atleta Claire Michel ter adoecido por ter sido infetada pela bactéria escherichia coli (E.coli) durante a prova individual feminina, segundo revelam os meios de comunicação belgas.
A prova feminina de natação em águas abertas, na qual participa a portuguesa Angélica André, está marcada para 08 de agosto, enquanto a prova masculina está prevista para 09 de agosto.
No domingo, antes de partir para Paris, a matosinhense admitiu que a qualidade da água “é sempre uma preocupação, obviamente”.
“Podemos ficar doentes. Esperemos que não aconteça nada. Está tudo sob controlo deles. Há sempre um plano B, C e D. Se não for no Sena na quinta-feira será no domingo no local da canoagem. É estar de consciência tranquila, desfrutar. Trabalhámos muito para este momento, para estar o melhor possível”, concluiu Angélica André.
A nadadora de 29 anos disse estar focada em melhorar o 17.º lugar da sua estreia olímpica, em Tóquio2020.
“A expectativa é tentar fazer melhor do que em Tóquio, foi para isso que trabalhei, quis lutar e continuar. Nestes três anos, já tive muitas conquistas e fui medalhada em competições internacionais de grande relevo”, disse Angélica André.
Este ano, a matosinhense foi medalha de bronze nos Mundiais e a prata na Taça da Europa de Barcelona, depois de já ter um bronze no Campeonato da Europa de 2022.
“Vou com mais experiência por ter passado Tóquio2020, que foi o primeiro momento, e porque já tive outras competições de maior relevo e me impus um pouco mais nas águas abertas, o que aumenta a responsabilidade”, assumiu.
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