“Vou estar ao serviço definitivamente do futebol e, portanto, isso para mim é claro. Não tenho mais nada a dizer sobre isto nesta altura. Sou presidente da Liga, presidente da European League, sou membro do Comité Executivo da UEFA. E, portanto, neste momento estou a cumprir o meu mandato”, afirmou.
Após um encontro organizado pelo International Club of Portugal, Pedro Proença, que tem sido apontado como um dos possíveis candidatos a suceder a Fernando Gomes à frente da FPF, assumiu que “vai haver um momento certo” para falar desse assunto.
“Obviamente que há um compromisso neste momento assumido com os clubes. Os clubes depositaram, quer em mim, quer na direção da Liga, um mandato que nós temos em cima da mesa. Obviamente que, no momento certo, daremos a resposta que temos que dar relativamente a esse tema”, disse.
Sobre a nova distribuição do pagamento ao pagamento aos clubes que não participam nas provas da UEFA, decidida na quarta-feira e que aumenta de quatro para sete por cento, traduzindo-se em 308 milhões de euros (ME), um aumento de quase 80% em comparação com o ciclo anterior.
“O importante é perceber o que é que isto significa para o futebol profissional. A proposta que estava há um ano em cima da mesa era altamente prejudicial para os clubes que não competiam nas competições europeias, e foi em negociações entre a European Leagues, a ECA [Associação Europeia de Clubes] e a UEFA que conseguimos encontrar um modelo no qual podemos fazer o ‘split’ dessas verbas por todos os clubes que estão no futebol profissional. Isto é que é uma grande vitória para o futebol português quando, aqui há um ano, aquilo que estava em cima da mesa era poder depositar essas verbas só num pequenino nicho de clubes”, referiu.
Na sexta-feira, vai realizar-se uma Assembleia Geral da LPFP, que Proença espera que “seja muito conclusiva com os clubes”, tendo “a certeza e a plena convicção de que esse espírito de solidariedade vai imperar”.
Sobre a centralização de direitos audiovisuais, que tem de estar completa até 2028, Proença diz que “há uma legislação que tem que ser cumprida e essa vai ser cumprida”.
“A Liga está a fazer o seu trabalho, os clubes estão a fazer o seu trabalho e, portanto, como nós somos cumpridores da lei, é isso que vai acontecer naturalmente”, afirmou.
Proença diz que está atento à mobilidade de algumas sociedades anónimas desportivas, como da B SAD, que agora se juntou ao Portalegrense.
“É algo que vamos acompanhando, e num momento certo também, com a própria tutela, daremos aqui a nossa opinião relativamente a esses temas que nos preocupam. Sabemos que o associativismo é fundamental na criação e nas relações com os clubes, e portanto essa itinerância vem quebrar com o espírito da solidariedade e do associativismo que tem que imperar. Um clube que é de Lisboa é de Lisboa e, portanto, não pode ser de Lisboa e de outra coisa qualquer. Mas tenho a certeza que essa reflexão vai ter que ser feita”, afirmou.
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