Com seis ensaios contra dois dos campeões asiáticos, Portugal somou um ponto de bónus ofensivo e igualou na tabela classificativa os EUA, com cinco pontos, mas deixou a sensação que ficou a dever a si mesmo um resultado mais dilatado.

Não só porque não conseguiu qualquer toque de meta a partir dos 55 minutos, mas também porque insistiu em jogar nos ‘rucks’ quando, sempre que jogava rápido para o espaço aberto, conseguia somar ensaios através das boas combinações entre o par de centros e os três jogadores da linha mais atrasada.

Foi assim que o avançado José Madeira (16), numa corrida digna de um jogador das linhas atrasadas, fez o primeiro ensaio dos ‘lobos’, antes de Raffaele Storti (24) e Jerónimo Portela (29) levarem o marcador para o intervalo em 21-7.

Isto porque os asiático foram os primeiros a ‘faturar’, explorando a ‘eterna’ debilidade dos portugueses: conquista de bola em alinhamento a cinco metros da linha de meta, ‘maul’ dinâmico e ensaio de Alexander Post (7).

A equipa orientada por Patrice Lagisquet denotou, depois, alguma melhoria nesse capítulo, mas viria a sofrer um segundo ensaio, de Jack Neville (60), numa jogada que teve início nesse tipo de formação.

Só que antes, já na segunda parte, Rodrigo Marta (43), Raffaele Storti (50) e José Lima (55) já tinham garantido o ponto de bónus ofensivo (pelo menos quatro ensaios) e colocado a seleção a salvo de qualquer surpresa que, todavia, Hong Kong nunca mostrou ter argumentos para conseguir.

O triunfo mantém tudo em aberto no torneio final de repescagem e, após o triunfo dos EUA por 68-14, no mesmo relvado, frente ao Quénia, seleção que os ‘lobos’ defrontam no sábado, reforça ideia de que o apuramento será decidido no jogo entre portugueses e norte-americanos, em 18 de novembro.

Nesse sentido, o único ‘senão’ a retirar dos desafios de hoje foi a menor diferença entre pontos marcados e sofridos conseguida pelos portugueses, naquele que será o primeiro critério de desempate em caso de igualdade no final da repescagem.

O torneio final de repescagem para o Mundial de França2023 decorre no Dubai, até 18 de novembro, com a participação das seleções de Portugal, EUA, Quénia e Hong Kong.

A equipa que vencer o torneio final de repescagem vai integrar o Grupo C do Campeonato do Mundo, com as seleções de País de Gales, Austrália, Ilhas Fiji e Geórgia.

O Mundial de râguebi de 2023 realiza-se em França, de 08 de setembro a 28 de outubro.

Jogo no The Sevens Stadium, no Dubai

Portugal — Hong Kong, 42-14.

Ao intervalo: 21-7.

Sob arbitragem do irlandês Chris Busby, as equipas alinharam:

– Portugal: Francisco Fernandes, Mike Tadjer, Diogo Hasse Ferreira, Steevy Cerqueira, José Madeira, João Granate, David Wallis, Rafael Simões, Samuel Marques, Jerónimo Portela, Raffaele Storti, Tomás Appleton, José Lima, Rodrigo Marta e Nuno Sousa Guedes.

Jogaram ainda: Duarte Diniz, Thibault de Freitas, Pedro Lucas, António Costa, Manuel Cardoso Pinto e Duarte Torgal.

Ensaios (6): José Madeira (16), Raffaele Storti (24, 50), Jerónimo Portela (30), Rodrigo Marta (43), José Lima (55).

Conversões (6): Samuel Marques (17, 25, 31, 44, 51, 56).

Treinador: Patrice Lagisquet

– Hong Kong: Ben Higgins, Alexander Post, Zac Cinnamond, Patrick Jenkinson, Mark Prior, James Cunningham, James Sawyer, Joshua Hrstich, Jamie Lauder, Gregor McNeish, Sean Taylor, Tom Hill, Jack Neville, Matthew Worley e Nathan de Thierry.

Jogaram ainda: Luke Van Der Smit, Charlie Higson-Smith, John McCormick, Guy Spanton, Ian Etheridge, Ashtin Hyde, Jamie Pincott e Bryn Phillips.

Ensaios (2): Alexander Post (7), Jack Neville (60).

Conversões (2): Gregor McNeish (8, 61).

Treinador: Lewis Evans

Ação disciplinar: Cartão amarelo para João Granate (35) e Duarte Torgal (77).

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