Formação da Barreira

Sempre que seja formada uma barreira defensiva de, no mínimo, três jogadores, nenhum jogador da equipa adversária será autorizado a estar a menos de um metro da mesma. Desta forma as distrações aos defesas e guarda-redes serão menores e a vida ficará mais difícil para quem cobra as faltas.

Outra alteração de relevo em situações de falta, é o facto de o árbitro poder agora atrasar a amostragem de um cartão ao jogador que cometeu a infração, caso a equipa que beneficia da falta decida marcar o livre rapidamente. Esta regra aplica-se, inclusivamente, em casos de expulsão. A única exceção é se o árbitro iniciar a sanção disciplinar, distraindo assim um ou mais jogadores da equipa faltosa. Nesse caso o jogo terá de ser interrompido.

Substituições

De forma a tentar minimizar as perdas de tempo quando as equipas estão em vantagem, sempre que um jogador seja substituído, este será obrigado a deixar o terreno de jogo através da linha que lhe está mais próxima. As únicas exceções, se existirem problemas de lesão ou de segurança para o jogador, serão autorizadas pelo árbitro da partida.

Mão na bola ou bola na mão?

Este será um debate que continuará a levantar polémica mesmo após a mudança da regra. Ainda assim, a tentativa de clarificar as regras vai ser colocada em prática. Assim sendo, qualquer contacto entre a bola e o braço de um jogador, aquando de uma oportunidade de golo ou do lance que a antecede, sendo ou não um contacto intencional, será considerado falta. Nenhum jogador/equipa poderá beneficiar do contacto entre o braço e a bola, beneficiando com isso, de uma situação de golo.

Ainda no capítulo de mão na bola, sempre que um guarda-redes falhe uma tentativa de afastar uma bola que tenha sido atrasada por um jogador da sua equipa, ou que seja proveniente de um arremesso de linha lateral, este poderá, logo de seguida, utilizar as mãos, já que terá mostrado clara intenção de não as usar na tentativa anterior. Será que veremos guarda-redes a simular falhas, para poderem depois segurar a bola com as mãos? Um pouco arriscado, mas no futebol nada é impossível.

créditos: Paul ELLIS / AFP

Cartões em celebrações

Sendo que o VAR entra em ação e a anulação de golos será habitual, qualquer celebração que leve a amostragem de um cartão amarelo manter-se-á, mesmo que o golo seja posteriormente anulado.

Bola ao solo

A clássica canelada após uma bola ao solo jamais será vista num campo de futebol inglês. Com a regra a não permitir tal disputa, sempre que o jogo for parado pelo árbitro da partida, a bola será colocada ao solo pelo árbitro, mas apenas para um jogador da equipa que tenha tocado na bola pela última vez aquando da paragem do jogo. Qualquer jogador adversário terá que estar a uma distância de pelo menos quatro metros da bola. Caso o jogo seja parado dentro da grande área, a bola será entregue ao guarda-redes que habita essa mesma área, independentemente da equipa que tivesse a posse de bola aquando da paragem do jogo.

Ainda dentro da mesma regra, poder-se-á encontrar mais uma alteração ao jogo. Agora, sempre que o árbitro toque na bola e a posse de bola mude ou a bola entre na baliza, a bola será de novo entregue à equipa que tinha a posse de bola antes do incidente. Lance que já teve lugar na Supertaça Inglesa no fim de semana passado.

Cartões a treinadores

Esta é uma regra que já tinha sido implementada nas divisões abaixo da Premier League, mas que chega agora ao topo do futebol inglês. Os treinadores poderão agora ser admoestados com cartões amarelos e vermelhos. Tal já ocorreu, também no fim de semana passado, na Supertaça Inglesa onde Pep Guardiola foi admoestado com um cartão amarelo após protestos, apesar de este não fazer parte das contas da Premier League e como tal não afetar o treinador no campeonato. Com a acumulação de mau comportamento, os treinadores terão agora novas sanções. Ao quarto cartão amarelo durante a época, o treinador em questão será castigado com um jogo de suspensão. Ao oitavo cartão amarelo da época, dois jogos consecutivos de suspensão. Ao décimo segundo cartão amarelo da época o treinador em causa terá que cumprir um castigo de três jogos ausente do banco de suplentes e por fim, no caso de existir um treinador que chegue à pouco prestigiante marca dos dezasseis cartões amarelos, este será alvo de um processo disciplinar pela Premier League, que decidirá então que castigo aplicar ao treinador. Será que existe treinador que pudesse de facto chegar aos dezasseis cartões amarelos? Fica a questão.

Moeda ao ar

Esta parece ser uma regra que muda apenas no papel, já que não parece fazer grande diferença ao jogo. Até ao momento, no lançamento de moeda ao ar, o capitão de equipa que ganhasse o lançamento, poderia apenas optar pelo lado do campo queria começar o jogo. Hoje a regra muda e um jogador que ganhe o lançamento da moeda ao ar, poderá agora escolher posse de bola deixando a decisão de lado do campo para o adversário.

Penáltis

Esta é uma regra que poderá vir a causar muita polémica. A partir de hoje, na marcação de um penálti o guarda-redes, que já tem poucas hipóteses diga-se, é agora impedido de fazer quaisquer gestos, como tocar na trave, abanar as redes, etc. Tudo isto na preparação para o mesmo. As habituais regras de ter pelo menos um apoio na linha mantêm-se, mas a regra já deu que falar no Campeonato do Mundo Feminino, onde o VAR puniu guarda-redes por pequenos detalhes durante na marcação de penáltis. Contudo, na Premier League, o VAR estará impedido de interferir com esta regra, sendo que apenas o árbitro da partida poderá tomar uma decisão, tendo assim, presumo eu, algum espaço para senso comum.

Pontapés de baliza

Uma das mais significantes alterações das regras é a do pontapé de baliza. Com as novas regras um jogador poderá receber a bola do seu próprio guarda-redes dentro da grande área, coisa que até agora não acontecia. Os jogadores adversários só serão autorizados a entrar na grande área assim que o guarda-redes já não estiver na posse da mesma, isto é, assim que o passe seja efetuado. A regra vem prevenir perdas de tempo, já que era cada vez mais comum ver jogadores a receber a bola dentro da área, fazendo com o que lance tivesse que ser repetido, sem qualquer tipo de penalização para o infrator.

Golo proveniente de pontapé de baliza

Esta é uma regra que, apesar da raridade do acontecimento, poderá retirar alguma emoção ao jogo. Até então um guarda-redes, ou jogador de campo, poderia marcar um golo através de um pontapé de baliza, mas hoje já não. O pontapé de baliza passa a ser um livre indireto e, para ser considerado golo, a bola terá que tocar num jogador antes de entrar na baliza adversária. Caso isso não aconteça, terá lugar um pontapé de baliza para a equipa que sofrera o “golo”.

Esta semana na Premier League

Numa época em que o Manchester City tenta o terceiro título consecutivo, é o segundo classificado da época passada que abre as hostilidades. O adversário, Norwich City, vem com estatuto de campeão da EFL Championship e quererá com toda a certeza deixar já a sua marca na liga. A não perder o pontapé de saída em mais uma edição da Premier League, hoje, sexta-feira, pelas 20h00. E como é da Premier League que falamos não podíamos deixar de ter um jogo grande ainda que se trate apenas da jornada inaugural, desta feita com o Chelsea a visitar o Manchester United. Ambos com tudo a provar aos seus adeptos que, depois de pelo menos duas épocas (no caso do Chelsea) a ficarem longe do título inglês, quererão ver os seus clubes a lutar novamente pelo título da liga mais espetacular do mundo. A não perder o jogo grande da jornada, domingo, dia 11, pelas 16h30.


Pedro Carreira é um jovem treinador de futebol que escolheu a terra de sua majestade, Sir. Bobby Robson, para desenvolver as suas qualidades como treinador. Tendo feito toda a sua formação em Inglaterra, passou por clubes como o MK Dons e o Luton Town, e também pela Federação Inglesa, o seu sonho é um dia poder vir a treinar na melhor liga do mundo, a Premier League.

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