À margem das distinções do COP a mulheres treinadoras em celebração do Dia Internacional da Mulher, José Manuel Constantino declarou ter tido uma outra interpretação do anúncio da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF) sobre os mínimos olímpicos das modalidades, o qual deixou de fora das grelhas os 50 quilómetros marcha femininos.
“Em dezembro de 2018, a IAAF pediu a introdução da disciplina ao Comité Olímpico Internacional (COI), que ainda não se pronunciou sobre o assunto. Na divulgação de hoje, apenas figuram as modalidades já consideradas para os Jogos Olímpicos. Quando o COI se pronunciar, e caso dê um parecer positivo, a IAAF poderá então introduzir a disciplina, que ainda não foi excluída”, afirmou o presidente do COP.
O presidente da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), Jorge Vieira, espera que essa “lacuna possa ser corrigida” e que a disciplina ainda seja “incluída na lista”.
“Espero que se possa corrigir essa lacuna. Acho injusto para uma modalidade que já foi incluída noutras provas internacionais e penso que era da mais elementar justiça olímpica incluir a prova na lista e impedir essa desigualdade”, afirmou.
A portuguesa Inês Henriques disse hoje que está disposta a recorrer à justiça, caso se confirme a não inclusão nos Jogos Olímpicos Tóquio2020 da prova de 50 quilómetros marcha, distância na qual é campeã europeia e mundial.
A marchadora considera injusto que a IAAF esteja a “introduzir uma prova nova, a estafeta dos 400 metros mistos, e a deixar de fora os 50 quilómetros femininos, uma distância que no setor masculino conta com 60 participantes”.
A atleta do CN Rio Maior sagrou-se em 2017 campeã mundial e em 2018 campeã europeia da distância, que nunca esteve incluída no programa olímpico.
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